O secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Luiz Eduardo Barata, disse nesta sexta-feira, 27 de novembro, que o governo está empenhado em solucionar todas as questões que estão prejudicando o funcionamento do setor elétrico, porém afastou a possibilidade da criação de um novo modelo para o setor – como alguns agentes defendem – por não haver momento político.

"Há uma sensibilidade do ministério de que precisamos fazer aperfeiçoamentos. Nós estamos abertos a ouvir. De fato, tenho uma lista de questões a serem tratadas e serão tratadas no seu grau de importância. [Mas] parar tudo para fazer um novo modelo hoje… eu não vejo condições políticas para isso", disse Barata durante participação no sétimo Encontro Nacional do Mercado Livre, promovido pelo Grupo CanalEnergia e realizado na Bahia. "Aprimorar questões capitais, acho absolutamente possível e muito bem-vinda", frisou.

A prioridade do governo é resolver o problema do GSF e destravar o mercado de energia, atualmente paralisado por conta de uma centena de liminares. Para João Carlos de Mello, presidente da Thymos Energia, a adesão poderá chegar a 50% dos agentes, o que já diminui o problema do mercado. "A adesão maciça na repactuação não é a expectativa e o problema das liminares pode se estender", disse o consultor, que também esteve presente no evento.

Para Barata, porém, a estimativa é conservadora. Ele acredita que haverá uma adesão maior que 50% dos agentes. "Acho que vai ter uma adesão maior que isso", disse. Barata informou ainda que não há uma solução alternativa para o problema do déficit de energia além da proposta apresentada pela Agência Nacional de Energia Elétrica. Contudo, como houve algumas mudanças no projeto original da MP 688 durante a tramitação no Congresso, a Aneel terá que fazer alguns ajustes antes de publicar a versão final da resolução.