A Eletrobras espera que em dezembro esteja com o fluxo pagamento das dívidas oriundas da Conta de Desenvolvimento Energético normalizado. A empresa fez na última semana a segunda repactuação de uma dívida de R$ 3,3 bilhões com a Petrobras pelo fornecimento de combustível para o sistema isolado. De acordo com o diretor de relações com investidores da empresa, Armando Casado, o parcelamento em 18 meses, possibilitado por uma portaria interministerial vai acelerar o fluxo da CDE e também acelerar a liquidação de outras rubricas atrasadas. 

Segundo Casado, a operação ocorreu porque havia contas a pagar em 2014 que entraram em audiência pública esse ano na Agência Nacional de Energia Elétrica e foram incorporados. Porém, o primeiro recolhimento seria apenas em abril, o que deixou o valor das contas a pagar de 2014 maior. Como a arrecadação não seria suficiente para pagar de uma vez só o passivo. Foi feito um critério com base na lei 8.666 que permitiu o escalonamento. "Estamos avançando nisso com a arrecadação de cada mês de tal sorte que em dezembro deve se por praticamente em dia as contas, voltando a normalidade a arrecadação de cotas da CDE para cumprir com as suas obrigações", explica.

Casado contou que a Eletrobras continua negociando com as empresas do consórcio Angramon o pagamento de cerca de R$ 80 milhões que elas alegam ter direito a receber da Eletronuclear pela construção da usina nuclear de Angra 3. Parte das construtoras participantes do consórcio anunciou que deixaria as obras da usina em decorrência da inadimplência da empresa.