A Elektro (MS/SP) obteve lucro líquido de R$ R$ 116,3 milhões no primeiro trimestre de 2015, um aumento de 228,5% na comparação com o mesmo período de 2014. O resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) apresentou um aumento de 100,7% na mesma base de comparação, passando de R$ 120,5 milhões para R$ 241,8 milhões.

Esse desempenho é explicado pela empresa como o reflexo do reconhecimento nos resultados das distribuidoras, a partir de dezembro de 2014 em diante, dos custos não gerenciáveis e que ainda não estão contemplados na tarifa vigente. Isso acabou refletindo a real situação econômica, antes impactada temporariamente por estes custos.
A empresa teve o reconhecimento de R$ 83,7 milhões como valores a receber de parcela A e outros itens financeiros. Dentro dessa conta estão os custos de energia que impactaram os resultados das distribuidoras desde o fim de 2012. Ainda no trimestre a empresa recebeu R$ 54,5 milhões a título de repasses governamentais referentes ao terceiro empréstimo da conta-ACR para as liquidações do MCP de novembro e dezembro. Até março a empresa teve ainda a entrada de R$ 95,5 milhões via bandeiras tarifárias.
A receita bruta da empresa apresentou alta de 65,2% no período de janeiro a março, passando de R$ 1,376 bilhão para R$ 2,274 bilhões. A receita liquida avançou um pouco menos, 46,8% na mesma base de comparação, variou R$ 476 milhões, indo para R$ 1,494 bilhão.
O consumo na área de concessão da empresa, contudo, caiu 3,7%, para 4.210,6 GWh. Essa retração deve-se ao desaquecimento da atividade industrial no estado de São Paulo. O volume de fornecimento caiu 1,5%. A demanda do setor produtivo no mercado cativo da Elektro teve redução de 2,3%. Considerando ainda as indústrias que estão no ACL a queda foi de 5,9%.Além disso, a temperatura mais amena comparada a 2014 levou a uma redução da demanda residencial em 0,9%. No segmento comercial houve aumento de 2,4% no consumo de 2015.
A exposição involuntária média da empresa no primeiro trimestre do ano foi de 9,4%. O número de clientes da companhia avançou 2,9%. As perdas na distribuição permaneceram estáveis a 7,32%.