A Prysmian Brasil acaba de conquistar a certificação internacional de conformidade para a linha de cabos Afumex Solar, destinados a sistemas de energia fotovoltaica. A certificação TÜV Rheinland é uma avaliação externa não obrigatória que a Prysmian submeteu seu produto voluntariamente para comprovar o alto desempenho. Desenvolvido exclusivamente no Brasil, o Afumex Solar é um cabo de cobre estanhado, altamente flexível e com baixa emissão de fumaça.

“A certificação indica que o produto atende aos requisitos da norma internacional EN 50618, muito utilizada na Europa para materiais empregados na implantação de parques solares”, explica o gerente de engenharia da Prysmian Brasil, Flávio Ochiutto Orbetelli.

A intenção da empresa com o novo produto é atender um mercado estimado de R$ 620 milhões no Brasil, a partir dos 99 projetos de geração de energia solar já contratados em leilões no país, cujo investimento é da ordem de R$ 12,5 bilhões até 2018, segundo dados da Absolar.

Para conquistar a certificação pela TÜV Rheinland, o produto passou por dez meses de testes nos laboratórios de pesquisa e desenvolvimento da Prysmian Brasil. Um dos estudos mais rigorosos é o teste de envelhecimento para garantia de vida útil, que assegura que o cabo suporta trabalhar 20 mil horas a 120 graus Celsius.

“A Prysmian já é um tradicional fornecedor de cabos para parques solares nos Estados Unidos e na Europa. Esse mercado é relativamente novo no Brasil, e estávamos dependendo dessa homologação para ter uma participação mais expressiva em grandes parques”, afirmou o gerente de marketing Sandro Rezende. Segundo ele, desde 2016, a linha Afumex Solar vem sendo utilizada em projetos pilotos e em pequenas e médias instalações de consumidores.

“A certificação de conformidade é uma credencial importante para nossa consolidação no setor de energias renováveis, em que já atuamos com cabos de média tensão para aerogeradores. Agora, vai fortalecer nossa marca de cabos para sistemas solares, um setor que está em franco desenvolvimento no Brasil”, projetou o engenheiro Flávio.

Além de tornar a Prysmian mais competitiva no mercado de sistemas, a nacionalização da produção pode ser compreendida como uma iniciativa importante para permitir o fornecimento para projetos financiados pelo BNDES, que exige que as integradoras usem produtos com preço e peso 60% produzidos no Brasil.