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Um ano após revelar que pretende reduzir a participação da distribuição em seus resultados, a Celesc segue rumo a esse objetivo. E o caminho que se mostra mais atrativo para a companhia alcançar essa meta passa pelos investimentos na comercialização de energia e pelos investimentos em transmissão. A empresa aponta que há oportunidades em geração que avalia, mas que a maior possibilidade está nas duas outras áreas.

A ideia da empresa é de realizar aportes de cerca de R$ 470 milhões ao ano de 2018 a 2021 o que resulta em um investimento total de R$ 2,35 bilhões. Para isso tem uma linha de US$ 276 milhões assinada com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como parte do funding para fazer frente a esse plano. Ao câmbio desta segunda-feira, 23 de abril, equivaleria a cerca de R$ 950 milhões.

A empresa tem a meta de seguir o benchmark do mercado em termos de financiamento de investimento que é de algo entre 55% de recursos próprios e de terceiros, o que levaria à necessidade de buscar alguma outra forma de captação adicional, mas de menor porte. Até porque, disse o presidente executivo da empresa, Cleverson Siewert, à Agência CanalEnergia, a linha do BID prevê 5 anos de carência e taxas de juros de 3% ao ano. “Quando comparamos o que se tem disponível no mercado, de 11% a 13% a.a. é uma grande vantagem. Esperamos ter esse acordo com o BID aprovado até junho”, indicou ele.

Esse recursos serão utilizados no financiamento de obras em todas as áreas em que atua, tanto em média quanto baixa tensão em sua rede de distribuição. Contudo, as duas áreas que mais chamam a atenção são a comercialização que depende de apenas uma estruturação interna e em transmissão onde estão os maiores retornos sobre o investimento no setor atualmente.

Segundo o executivo, a comercializadora pode se tornar realidade já a partir desse ano, ainda mais com a chegada da EDP no bloco de controle da Celesc. A companhia catarinense quer aproveitar o know how da nova acionista que possui a 4ª maior comercializadora do país para reforçar sua estratégia de trazer de volta à base de clientes que migraram do ACR para o ACL por meio de outras empresas. No foco um faturamento de R$ 1,5 bilhão em 900 clientes.

“Nosso mercado voltou a crescer e identificamos que existe esse número de clientes onde vemos a oportunidade de nos fortalecer, estamos pensando nisso há dois anos e creio que é a hora de dar esse importante passo que requer apenas uma estruturação interna com investimentos relativamente baixos”, afirmou ele.

Já no segmento de transmissão, Siewert acredita que a companhia já está pronta para entrar nos leilões. Ele toma como exemplo a SPE formada com a EDP no leilão de 2017 onde detém 10% como parceria bem sucedida. E, apesar de ter a portuguesa em seu capital social, por ser ainda uma estatal tem que recorrer a chamada pública para formar parceiras, sempre minoritários.

Entre os projetos que podem estar no radar da empresa está uma terceira ligação entre a ilha de Florianópolis e o continente. Já existe uma no sul da ilha, outra pela ponte que interliga os dois pontos e a nova está prevista para o norte, onde estão as praias mais badaladas. “Precisamos de uma terceira via é uma obra importante e a perspectiva de investimentos é de R$ 700 milhões, queremos participar disso”, relatou.

Apesar dessa intenção de investimento, Siewert argumenta que a empresa não mudará seu perfil de endividamento que fechou o ano passado com a relação entre a dívida líquida sobre o ebtida negativo (em 0,2 vezes), ou seja, com dinheiro em caixa. “Como teremos essa linha de financiamento com o BID, a perspectiva é de que nosso perfil de endividamento mantenha-se estável”, comentou.

Geração

Mesmo com esse viés de comercialização e transmissão, a empresa ainda possui em seu portfólio alguns projetos de geração, mesmo admitindo que no momento não é um negócio tão interessante em termos de retorno quanto os outros dois. Mesmo assim, Siewert destacou que a empresa continua a buscar por bons projetos e que inclusive, pode participar do A-6 deste ano com a fonte hídrica, por meio da expansão da PCH Celso Ramos. A empresa que detém cerca de 130 MW em capacidade instalada – entre usinas próprias e em SPEs – possui 40 MW em projetos para sua expansão. “Podemos entrar no A-6 , mas ainda estamos estudando essa medida, a geração já está consolidada em nosso negócio mas cada vez menos projetos apresentam o retorno necessário, é bom estar de olho nesse segmento mas o caminho não é tão claro”, finalizou ele.