O Conselho de Administração da Eletropaulo (SP) decidiu nesta quarta-feira, 25 de abril, cancelar a Oferta Pública de distribuição primária de ações, com esforços restritos de colocação, que estava planejando. Segundo comunicado ao mercado, o conselho entendeu que o cancelamento “permitirá a melhor evolução da competitividade entre as ofertas públicas para aquisição de ações da companhia atualmente em curso (bem como outras novas potenciais ofertas), buscando, assim, maximizar valor para seus acionistas, sem prejuízo do atendimento das necessidades de capitalização da Companhia”.

Com isso, a empresa vai aguardar o resultado do leilão marcado para às 16 horas do dia 18 de maio, conforme recomendado pela Comissão de Valores Mobiliários. A decisão vem em seguida do anúncio pela Enel da elevação da oferta para R$ 32 por ação, além do aumento de capital de R$ 1,5 bilhão. O presidente da Enel no Brasil, Carlo Zorzoli, reforçou o apoio ao processo competitivo.

“Estamos trabalhando para um processo de oferta justo e, no momento, somos o competidor com o maior lance [32 reais]. Esperamos que o Conselho da Eletropaulo assegure um processo transparente e justo que vise o interesse dos acionistas. Essa é a única forma de maximizar valor para todos os acionistas da Eletropaulo”. A Enel tinha condicionado sua oferta ao cancelamento da operação da distribuidora.

A OPA da Eletropaulo tinha como âncora a Neoenergia, que terá agora que participar do leilão, junto com Enel e Energisa, pelo controle da distribuidora paulista. A empresa, subsidiária da espanhola Iberdrola, oferece R$ 29,40 por ação e mais o aumento de capital de R$ 1,5 bilhão. A Energisa tem proposta de R$ 19,38 por ação e aumento de capital de R$ 1 bilhão.