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Tendo registrado o expressivo crescimento de 76% nas vendas em 2017, a Energisa Comercializadora quer em 2018 continuar a crescer. A empresa, que já é a terceira de todo o grupo em volume de vendas, comercializou 452 MW med no ano passado e já em janeiro deste ano fechou o mês com 373,6 GWh, valor 16% acima do mesmo período de 2017. De acordo com Alessandra Amaral, diretora presidente da comercializadora, o objetivo esse ano é continuar crescendo. “Pretendemos manter um bom ritmo de crescimento”, avisa a executiva em entrevista exclusiva à Agência CanalEnergia.

Ela conta que o bom resultado de 2017 veio na esteira de uma conjuntura ideal do mercado livre que resultou nos MCSDs e do rating da comercializadora bem aceito pelos bancos de financiamento. “A gente entrou nesses mecanismos e isso acabou aumentando muito o nosso giro de comercialização”, explica. Um outro motivo que a executiva relaciona como importante para o êxito de 2017 foi a queda de preço no ambiente de contratação livre devido à boa hidrologia, aliados à crise econômica e uma forte migração nos últimos anos. “A gente acabou se beneficiando com isso”, avalia.

A líder da Energisa Comercializadora vai ser a primeira mulher a fazer parte do Conselho da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia. Ela está na comercializadora desde a sua criação, há 12 anos. Antes, ela teve passagens pela Light e por empresas fora do setor elétrico como a Coca-Cola e a Vale. Mostrando-se animada, ela quer continuar no conselho. “Espero que muitas outras mulheres venham por aí. É uma responsabilidade muito grande, já tenho conversado com alguns associados para entender como posso ajudar e contribuir para os desafios que estão aí”, frisa.

Alessandra Amaral, da Energisa: primeira mulher no conselho da Abraceel quer contribuir para enriquecer associação

O ano de 2018 está sendo desafiador na opinião dela, já que o PLD já foi do preço mínimo até o teto. Para Amaral, está sendo pedido dos comercializadores uma grande expertise em previsão de preço e análise de volatilidade do mercado. As mudanças que serão proporcionadas pela CP 33 são consideradas por ela como ajustes necessários ao modelo. Sem fazer uma previsão de prazo de aprovação no congresso, ela elogia a base técnica de formulação do conteúdo da chamada. Já para 2019, ela elege o período úmido como delineador do que vai ser o ano. “Nosso setor tem grandes dependências dessas chuvas, vamos ver como ele vai entrar”, observa.

Preocupada com a inadimplência na CCEE, ela espera que ainda esse ano seja dada uma solução para o tema, já que quanto mais tempo o problema perdura, maior é o risco de o setor entrar em colapso a medida em que o período seco aproxima, já que o GSF tende a ser mais alto e o PLD também.”É bem grave e preocupante, tem que ser encontrada uma solução”, alerta. a solução para o risco hídrico estava na MP 814, que acabou engavetada na Câmara dos Deputados.

O consumidor do mercado livre é na visão da presidente da comercializadora, alguém antenado e conectado com as evoluções tecnológicas do setor. Hoje ele também sabe mais sobre energia do que antes. “Ele quer tem um poder maior de decisão, é interessado em energia e sustentabilidade”, relata. Ainda segundo ela, o aspecto da sustentabilidade tem ficado forte nos grandes consumidores, relacionada a compromissos agendados na COP 21. Esse movimento tem levado a escolha deles por energia renovável no seu suprimento.

A migração cada vez maior de consumidores para o ACL virá através de clientes menores, segundo a executiva. Sem um buscar um perfil específico de clientes, a Energisa também usa as sinergias das suas outras unidades de negócios.  Saber lidar com as particularidades dos clientes é um ponto que ela considera importante. “Se conseguir olhar o consumidor individualmente com as características dele, o êxito é maior e eles gostam mais disso”, ressalta.