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Seguindo uma tendência e realidade mundial, consumidores e empresas tem buscado caminhos para diminuir o custo com a conta de energia. Uma das soluções que vem crescendo no mercado corporativo é a migração para o mercado livre de energia, com a possibilidade de negociação a preços menores devido ao aumento da gama de fornecedores. Além disso, o consumidor passa a ter um controle maior do seu consumo e do quanto efetivamente gasta, ampliando seu conhecimento e interesse na economia.

Segundo pesquisa Ibope encomendada pela Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia –Abraceel, 69% dos consumidores tem a intensão de migrar para o mercado livre devido aos altos preços da energia nos últimos meses. As empresas que já aderiam ao modelo, comemoram os resultados. Um dos exemplos é a rede de supermercados Enxuto, que atende a região de Campinas (SP) e que conseguiu uma economia de 62,6% na fatura do mercado livre frente ao que pagaria no cativo.

“Estamos extremamente felizes com a adesão, pois o que antes era uma preocupação urgentíssima em todas as nossas reuniões, não nos preocupa mais. Hoje temos uma equipe qualificada cuidando da gestão da nossa energia e que mostram realmente os resultados”, explicou o gerente de infraestrutura da rede, Daniel Destefani.

A economia na fatura é prevista já durante o estudo para migração. Otávio Santoro Jr, presidente da IndEco, empresa focada em projetos de eficiência energética e mais recentemente em avaliar cenários para migração, explica que o principal benefício do processo é a utilização de uma fonte de energia mais barata. “O mercado cativo sofre com as oscilações da quantidade de chuvas, isso já não ocorre no mercado livre”.

A economia gerada acontece por diversos fatores. O principal é a possibilidade de negociar o preço e as condições por um valor inferior ao do mercado cativo. “Basicamente utilizamos uma reserva de energia do cliente para negociar a preços ótimos”, comentou Otávio, que entende que a principal vantagem do mercado livre está no modelo de negociação. “Quando uma companhia atinge determinado patamar de consumo, consegue também negociar o valor da energia que compra e isso gera economia na fatura.

Além de reduzir os custos através de negociações, outra possibilidade é elevar a produção com menos consumo, ou então diminuir o consumo através de aparelhos mais eficientes. “O custo de energia tem pesado muito para as empresas. Nos últimos 4 meses temos conseguido pelo menos essa faixa de 60% de economia”, revelou o presidente.

Departamento de energia

 A IndEco nasceu em 2001 com a missão de ser uma empresa focada em gestão eficiente de energia. Com a evolução da marca, passou a atuar mais no desenvolvimento de soluções sustentáveis, sobretudo nas áreas de gestão e geração de energia, água e resíduos infectantes. Mais de 90% dos projetos desenvolvidos pela consultoria são financiados com a economia gerada em cada solução proposta, ajudando empresas a se tornarem mais sustentáveis sem terem que aplicar o próprio capital para financiar o projeto, fator que abre um grande leque de possibilidades para o mercado.

Depois de trabalhar três anos como Gerente de Política Comercial da Eletropaulo, Otávio Santoro Jr, que além de presidente é um dos sócios fundadores da indEco, contou que decidiu sair da distribuidora naquele ano para montar uma consultoria com um foco diferente. “A ideia era um negócio não apenas focado em engenharia, mas uma empresa que pudesse ser o departamento de energia das outras empresas”.

O escopo de trabalho da empresa é, tanto para venda ou prospecção, dar todo apoio e entendimento de mercado para que consumidores tenham maior respaldo e segurança em realizarem a migração, tanto na parte regulatória, quanto a assistência ao cliente com soluções variadas, indo do cliente residencial até grandes corporações, com opções voltadas a maximização dos ganhos ou para atender a um perfil mais conservador.

“Procuramos entender o perfil psicológico do nosso cliente, através de uma avaliação de como se fosse um investidor, para ver se tem uma pegada mais agressiva ou conservadora”, comentou Otávio, afirmando como se criam os cenários ideais para a migração, com possibilidade de economias mais altas mas assumindo possíveis riscos financeiros, ou uma transição sem nenhum risco mas com menos descontos.

Um dos exemplos de risco mínimo é a migração do GRAAC, um projeto social da indEco que será implementado ainda em janeiro e que pretende levar uma economia na ordem de 15% para a instituição. Também foi feita a migração de alguns shoppings centers em São Paulo sob este modelo. Por outro lado, há clientes na indústria e na parte de serviços que aceitam assumir alguns riscos, com algumas operações de compra e venda de commodites mais robustas.

Além da rede Enxuto, mencionada no começo do texto, a empresa também realizou a migração da Kroton Educacional, da rede Comercial Esperança e de um cliente industrial, ambos na faixa de 55% a 60% de economia fazendo a mesma operação. Há também algumas empresas na parte de água conseguindo mais de 20% de economia com a construção poços artesianos.

Otávio destacou também outro diferencial da consultoria, que é fazer a parte da eficiência antes de fazer a medição, configurando assim outro modelo, um pacote de serviços bem maior para o mesmo cliente. Ele conta por experiência própria que, em 40% dos casos o próprio cliente tem o projeto na gaveta, mas não o executa porque não possui o orçamento, ou porque não é hora de investir, entre outros fatores.

Segundo ele, com a avaliação técnica profissional e a solução financeira, os consumidores e empresas ficam mais tranquilos para apresentarem seus projetos. Para 2019, a indEco conta com 60 clientes em sua carteira de negócios, representando mais de 200 unidades consumidoras só de gestão de mercado livre.

“A gente está bem feliz com o crescimento da ordem de 15% e 20% pra 2019 e se tiver realmente essa aceleração proposta pelo novo governo, esse crescimento deve ser ainda maior”, avalia. Sobre a migração para o mercado livre, o presidente entende ser um caminho sem volta. Uma realidade que acontece há muitos anos com os maiores países do mundo, e que chegou para o Brasil de vez. “O consumidor tem que ter essa liberdade de escolha, assim como acontece com as operadoras de celular, por exemplo. O mercado livre de energia não é diferente e na verdade é até mais pulverizado. O consumidor só tende a ganhar”.