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As operações de fusões e aquisições no setor solar foram intensas nos últimos cinco anos. Um estudo produzido pela Clean Energy Latin America mostrou que foram 76 transações, nas fases pré-PPA, pós-PPA, de projetos em construção e em operação. Em 2019, foram 19 transações que somaram 2,02 GW de capacidade. O montante nas negociações equivale a 6 GW, considerando que um projeto possa ter sido alvo de mais de uma transação em fases diversas. A tendência é de continuarmos a ver esse movimento.

De acordo com Camila Ramos, diretora da Cela, cerca de 76% dos projetos fotovoltaicos com PPAs estão com investidores estratégicos, que vão operar a planta no longo prazo. Por outro lado, há 34% desses PPAs em poder de investidores que devem vender esses projetos no futuro, o que sinaliza para mais negociações. “Deve continuar a ter uma onda de M&A no setor”, explica.

Ela conta que há players novos no setor, tanto como viabilizadores de projetos em leilão como os que acabaram comprando projetos operacionais, o caso da chinesa CGNEI, que adquiriu plantas solares da Enel Green Power no Piauí e na Bahia. Há ainda players como a EDP Renováveis, que anunciaram projetos direcionados para o mercado livre.  Apesar do elevado número de negociações, ela ainda não caracteriza a fonte como consolidada, já que mais de um terço dos projetos ainda podem ser vendidos. “Cinco players têm 47% do market share, ainda há espaço para consolidação”, avisa.

As transações também se justificam pelo diferente perfil dos investidores. Como o preço da fonte solar vem caindo ao longo dos últimos anos, há investidores que preferem apostar no projeto já em fase de operação. A necessidade pré-leilão de já ter contratos com  fornecedores de equipamentos é outro ponto que faz com que  alguns investidores abdiquem da participação em certames. No leilão A-6 de 2019, foram viabilizados 450 MW, em projetos nos estados do Ceará, Piauí, Pernambuco e Rio Grande do Norte, somando cerca de 530 MW. O preço mais baixo ficou em R$ 84,30/ MWh, do complexo Graviola, no Piauí.

A revisão das regras para geração distribuída que a Agência Nacional de Energia Elétrica deverá concluir  no primeiro trimestre do ano pode impactar na geração centralizada. Segundo a diretora da Cela, quando a Aneel sinalizou a alternativa cinco, que afetava a GD remota, os empreendedores de grandes projetos dessa categoria começaram a estudar transferir os projetos para o mercado livre, na esteira da redução de limite para migração que vem acontecendo. “Algumas empresas estão olhando se seria viável uma atuação no mercado livre”, explica.

Para os leilões desse ano, ela vê cada vez mais motivos para que a energia solar mantenha a competitividade. No último leilão, a fonte foi mais barata. A fonte está cada vez mais competitiva, o custo cai e os investidores que  investem nesses ativos querem ser vencedores no leilão”, observa. Para Camila Ramos, a modernização do setor vai ser importante para o futuro da solar, já que fatores como a separação de lastro e energia e os atributos  poderão impactar na  performance.