O Ministério de Minas e Energia (MME), em conjunto com os agentes, prepara um pacote de medidas para garantir a sustentabilidade econômica e financeira do setor elétrico, no sentido de minimizar os impactos negativos da pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19). A informação foi adiantada em teleconferência nesta sexta-feira, 20 de março, pelo diretor da Cemig D,  Ronaldo Gomes de Abreu, e confirmada à Agência CanalEnergia pelo diretor geral da Agência Nacional de Energia Elétrica, André Pepitone.

Ao ser questionado se uma eventual sobrecontratação das distribuidoras neste ano poderia ser considerada como involuntária, uma vez que a demanda elétrica deverá ser impactada negativamente pela desaceleração econômica causada pelo avanço da doença no Brasil, o diretor da Cemig D,  Ronaldo Gomes de Abreu, disse que a expectativa é que alguns “alívios sejam anunciados” pelo governo e que diversas regras podem ser “flexibilizadas”.

“Nesse momento falar dessas medidas está em pouco prematuro, mas entendo que no curtíssimo prazo deverão ser adotadas algumas medidas no sentido de proteger o consumidor e manter o equilíbrio econômico e financeiro do setor”,  reforçou o novo diretor de Finanças e Relações com Investidores da Cemig, Leonardo Magalhães.

A reportagem encontrou em contato com as lideranças do setor para saber quais medidas deverão ser tomadas. Pepitone confirmou que ações estão sendo estudadas, mas disse que não poderia adiantar as medidas porque todas estão em avaliação pela cúpula do setor elétrico.

Na quarta-feira, 18, o MME publicou uma portaria criando um Comitê Setorial de Crise para resguardar a saúde de servidores e garantir o funcionamento dos serviços de energia. O Comitê irá articular, coordenar, monitorar, orientar e supervisionar medidas a serem adotadas pelos órgãos e agentes vinculados a pasta.

Segundo a última atualização (19/3) realizada pelo Ministério da Saúde, subiu para 621 o número de casos confirmados de coronavírus no Brasil. Até o momento, seis mortes estão confirmadas, sendo quatro no estado de São Paulo e duas no Rio de Janeiro.