O Operador Nacional do Sistema Elétrico concluiu na última sexta-feira, 25 de setembro, a primeira edição do seu hackaton. Em primeiro lugar ficou a equipe Data Science for Social Welfare (DBEM), da UniRio; sendo seguida pela Hard2Bit, da UFRJ, em segundo e a equipe Sask, da UFPB, que ficou em terceiro. De acordo com Carlos Alexandre da Silva Prado, assistente da diretoria de TI, Relacionamento com Agentes e Assuntos Regulatórios do ONS, o saldo da experiência é considerado exitoso e já se pensa uma segunda rodada, atingindo outros tipos de grupos, como aceleradoras e start ups. “O datathons não era um fim, mas sim o ponto de partida para essa jornada de fazer que o ONS se percebesse um ator ativo de inovação e expusesse essa imagem para o público de interesse”, explica.

O desafio tecnológico para os participantes era trabalhar em soluções de inteligência artificial envolvendo Data Science. No caso, que pudessem identificar no Diário Oficial itens de interesse em potencial do ONS, executando comportamento similar ao de uma analista de negócios, se aproximando do executado por um ser humano. “O que encontramos nas respostas das equipes foram diversas formas corretas de pensar em resolver esse problema”, conta Elvis Galiza, analista de Requisitos e Gestão de Projetos e também coordenador do Datathons.

A realização do desafio foi totalmente virtual. Isso acabou ampliando o alcance da iniciativa do ONS, cumprindo com um dos objetivos do Datathons, que era o de ampliar o contato com universidades e centros de pesquisa. Foram mais de 50 universidade e centros de pesquisa participando. Prado conta que houve um público mais diversificado, principalmente da parte de sistemas de informática, computação e matemática, que saem do usual de elétrica. “[O ONS] é uma organização que não é de senso comum. Isso foi positivo”, avisa Prado.

Os outros objetivos eram o de reforçar a figura do ONS como organização ligada à inovação no setor elétrico e o de mobilizar as equipes internas para a inovação. O último objetivo era o de aplicar o desafio de encontrar uma solução para o problema apresentado. O datathons contou com a participação de dez áreas do operador, envolvendo cerca de 30 pessoas. Para Galiza, o maior desafio foi a própria realização do Datathons, já que ele nunca havia sido feito, tendo que  ser concebido de forma totalmente virtual, com muitas reuniões a distância. “Surpreendeu a todo momento o apoio e o envolvimento das pessoas que ia dar certo. Canalizamos para dar certo o resultado”, comemora.

Mais de quatro mil pessoas buscaram informações no site para o desafio no hotsite, com 200 inscritos e 85 equipes. A solução que conseguiu o primeiro lugar ainda será lapidada e evoluída. Ainda não há definição de prazo, mas a intenção é que até o fim do ano ela esteja em uso pelo ONS.