O PLS 232 é apontado por 51% do público participante de enquete do Enase como o meio mais adequado para tratar da modernização do setor elétrico. O projeto elaborado a partir das conclusões da Consulta Pública 33 já passou pela Comissão de Infraestrutura do Senado e ainda precisa ser aprovado em plenário antes de seguir para a Câmara dos Deputados.

Embora ele seja a opção mais próxima dos debates que foram realizados pelo setor nos últimos anos, parte do público que participou da sondagem realizada pelo Grupo CanalEnergia/Informa Markets aposta em outros meios para tratar dos temas da reestruturação setorial. O projeto do Código Brasileiro de Energia Elétrica foi citado por 25% dos entrevistados, enquanto 8% defenderam uma nova medida provisória. Um número significativo de pessoas, 16% do total, preferiu não opinar a respeito do tema.

A percepção de 63% dos participantes da enquete é de que a modernização do setor está avançando em ritmo lento, enquanto 32% consideram o andamento do processo adequado. Outros 4% acreditam que ele está acelerado e 1% não responderam.

Apesar disso, apenas 7% colocam o fim de 2020 como prazo ideal para implementação das mudanças. Entre as pessoas que se manifestaram sobre o tema, 51% acreditam que o processo deve ser concluído nos próximos três anos e 39% que as medidas devem ser implantadas até o final de 2021. Outros 4% não se manifestaram.

Outro tema avaliado pelo público foi a privatização da Eletrobras, vista como muito relevante para o setor elétrico por 45% das pessoas e como relevante por 31%. Dos que opinaram, 17% consideram que a perda do controle da União sobre a estatal tem pouca importância para o setor. Os que não responderam somam 7%.

Sobre a tecnologia que mais vai crescer em termos de participação na matriz elétrica brasileira, a aposta de 61% é na geração solar fotovoltaica, tanto nos empreendimentos de geração centralizada quanto na geração distribuída. A energia eólica é apontada por 23%, seguida das termelétricas a gás, com 12%. Outros 2% acreditam na fonte hídrica, incluindo pequenas centrais hidrelétricas e centrais geradoras hidrelétricas, e 2% em geração térmica utilizando outros tipos de combustível.