Os títulos verdes já ultrapassaram a marca de US$ 1 trilhão emitido desde que surgiram em 2007. De acordo com a empresa de pesquisas BloombergNEF (BNEF), que fez esse levantamento, mais de US$ 200 bilhões foram emitidos somente esse ano, até o final de setembro. Entre os projetos que captaram esses recursos estão desde parques eólicos à gestão de águas residuais.
Esse volume de recursos representa um aumento de 12% em comparação com os primeiros nove meses de 2019. Juntos, as emissões de títulos verdes corporativos, governamentais, municipais e hipotecários em 2020 ficaram atrás dos volumes de 2019 até agosto. Tudo isso mudou em setembro, quando os títulos verdes tiveram mais de US$ 50 bilhões apenas naquele mês.
No consolidado do ano passado, a emissão global desses títulos somou mais de US$ 270 bilhões no ano passado. Em função da pandemia, a emissão de títulos verdes ficou em um patamar menor do que o reportado em 2019.
De acordo com a consultoria, um dos maiores impulsionadores em setembro veio da Alemanha. O governo federal emitiu um título soberano de 6,5 bilhões de euros (US$ 7,7 bilhões) no início do mês, tornando-o o maior novo título verde único deste ano. Da mesma forma, continuou, o governo sueco e a EDF ajudaram a impulsionar o mês, com mais de US$ 5 bilhões combinados.
E destacou ainda que os títulos verdes impulsionaram o mercado de dívida sustentável mais amplo – que inclui títulos sociais, empréstimos vinculados à sustentabilidade, empréstimos verdes e outros – acima da marca de US$ 2 trilhões. Hoje representam 47% da dívida sustentável emitida em todo o mundo.