A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) realizou nesta sexta-feira, 4 de dezembro, a sessão pública do 2º Ciclo da Oferta Permanente. Foram arrematados 17 blocos exploratórios, em seis bacias (Campos, Paraná, Amazonas, Espírito Santo, Potiguar e Tucano) e uma área com acumulações marginais (Juruá, da Bacia do Solimões). Juntas, as 18 áreas receberão investimentos mínimos de mais de R$ 160 milhões.

Para os blocos exploratórios, o bônus total arrecadado foi de cerca de R$ 30,94 milhões (ágio médio de 55,11%) e há previsão de R$ 157 milhões em investimentos, somente na primeira fase do contrato (fase de exploração). Já para as áreas com acumulações marginais, o bônus total foi de R$ 25,76 milhões (ágio de 1.650%), com previsão de R$ 3,6 milhões em investimentos.

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que acompanhou presencialmente o evento, afirmou que “a sessão pública de hoje mostrou-se exitosa em relação à do 1º Ciclo da Oferta Permanente e também em relação ao que a política energética do país considera positivo, como maior competitividade e de empresas atuando no Brasil, além da atração de investimentos.”

A Eneva, companhia de energia elétrica e gás natural, arrematou 7 blocos exploratórios nas Bacias do Amazonas e Paraná e o campo de Juruá na Bacia do Solimões.

Na bacia do Amazonas, no Estado do Amazonas, a companhia adquiriu 100% de participação nos blocos AMT-62, AM-T-84 e AM-T-85, tendo ofertado um Programa Exploratório Mínimo (PEM) total de 11.414 Unidades de Trabalho, a ser executado ao longo de 8 anos, na área total arrematada de 7.224 km². O valor dos bônus de assinatura ofertados pela Eneva pelos blocos adquiridos na bacia do Amazonas foi de R$ 16,3 milhões. Os blocos adquiridos na bacia do Amazonas estão situados nas adjacências do campo de Azulão, já operado pela Eneva e com início de produção de gás natural estimado para o primeiro semestre de 2021.

Na bacia do Solimões, a Eneva adquiriu 100% de participação no campo de Juruá. situado nos municípios de Tefé e Carauari, a 725 km a sudoeste da Cidade de Manaus, Estado do Amazonas, e a 110 km a oeste dos campos de gás e óleo de Urucu. De acordo com o Plano de Desenvolvimento de Juruá, elaborado pela Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras e aprovado pela ANP em 2012, o volume in place de gás não-associado de Juruá é de 25,9 bilhões de metros cúbicos. O valor do bônus de assinatura ofertado pela Eneva por Juruá foi de R$ 25,7 milhões.

Na bacia do Paraná, a Eneva adquiriu 70% de participação nos blocos PAR-T-196, PAR-T-215, PAR-T-86, PART-99, em consórcio com a Enauta Energia, com participação de 30%. O consórcio será operado pela Eneva. O valor total dos bônus de assinatura ofertados para estes blocos exploratórios foi de R$ 2,1 milhões, sendo R$ 1,5 milhão líquido para a Eneva.

O PEM ofertado para 100% dos blocos na bacia do Paraná foi de 7.548 UTs, a ser executado em até 6 anos. Os blocos da Bacia do Paraná estão localizados nos Estados do Mato Grosso do Sul e de Goiás, com área de aproximadamente 11.544 km2 ,superior à de toda a bacia do Recôncavo,
no estado da Bahia.

Segundo cronograma da ANP, a assinatura dos contratos de concessão das empresas vencedoras do leilão deve ocorrer até 30 de junho de 2021.