O Conselho de Administração da Eletrobras aprovou, na última quarta-feira, 23 de dezembro, o novo Plano Diretor de Negócios e Gestão da empresa (PDNG 2021-2025). O plano indica que a elétrica deverá investir R$ 41,1 bilhões no período. O novo plano, indica, considera os impactos causados pela pandemia de covid-19 no setor e se desenvolve a partir da avaliação de cenários e tendências futuras, tanto econômicas, quanto tecnológicas, sociais e corporativas.

Do valor total, a previsão é de aportes de R$ 28,1 bilhões para geração, destaque continua sendo para a usina nuclear de Angra 3, que deverá consumir nesse período R$ 15,3 bilhões. Do valor restante, são previstos R$ 11 bilhões em transmissão e outros R$ 2 bilhões em investimentos ambientais e infraestrutura, conforme aponta a tabela a seguir.

De acordo com comunicado da Eletrobras, o plano para o período evolui a partir de nove diretrizes estratégicas para a empresa: valor e investimento; eficiência de G&T; expansão de G&T; comercialização; novos negócios; cultura e pessoas; governança; gestão; e inovação; bem como transformação digital.

Nessas diretrizes a empresa aponta como metas para o final de 2021: chegar ao final do ano que vem com 181 MW de nova capacidade instalada e expansão em transmissão com mais 772 quilômetros de linhas. Em novos negócios, o indicador é de ter receita advinda dessa diretriz, correspondente a 2% da receita operacional líquida (ROL).A disponibilidade esperada para os ativos de transmissão é de 99,88%.

Para alcançar os objetivos de expansão, continua a empresa em seu plano, estão o já conhecido Projeto Angra 3, além da estruturação da carteira de expansão da geração para novos investimentos, continuidade da avaliação de projetos internacionais de G&T. Nesse último ponto em especial, detalha a empresa, a meta é a de manter o portfólio estratégico, além de “identificar e construir um portfólio de oportunidades de aquisição de ativos em operação (brownfield). As oportunidades já mapeadas são projetos de geração eólica ou fotovoltaica e de porte equivalente aos investimentos já
realizados por empresas não nacionais nos países alvo (entre 30 e 100 MW)”.

A companhia elencou uma série de iniciativas estratégicas do plano. A primeira delas a ser citada é a avaliação e implementação de alternativas de capitalização, prioritariamente a partir da viabilização do PL 5.877/2019, da desestatização da empresa. Cita ainda a continuação do processo de racionalização das participações em SPEs, alcançando o quantitativo de 49 participações em dezembro de 2021, a viabilização da conclusão de Angra 3, por meio de realização de chamada pública internacional. E ainda a implantação de uma cultura de alta performance, a partir de diagnóstico das culturas vigentes nas empresas e da criação de um plano de ações voltado para orientá-las para uma cultura de excelência e foco em resultados.