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A redução dos custos das baterias está ajudando a aumentar o interesse pela integração desses dispositivos em diversos mercados elétricos. E isso vem dando protagonismo à nova geração desses sistemas, sejam recursos centralizados ou distribuídos. O Brasil está inserido nesse ambiente, mas por aqui ainda é necessária a eliminação de barreiras regulatórias.

Segundo a mais recente edição do Energy Report, publicação mensal da consultoria PSR, além da queda de preços o país terá que passar pela adequação regulatória para que a fonte participe do mercado e tenhamos a criação de mercado para diversos serviços, como atendimento à ponta, flexibilidade operativa e serviços ancilares.

Globalmente, lembra a consultoria, os sistemas de armazenamento tem atraído a atenção. Em conjunto com as ‘baterias’ convencionais, que podem ser as hidrelétricas e usinas reversíveis, tem uma característica de integração nos mercados elétricos para o fornecimento de serviços que são classificados como cada vez mais necessários aos sistemas de potência.

“A experiência internacional mostra que remover barreiras regulatórias para a participação dos SAE nos mercados de eletricidade, o aperfeiçoamento (como a maior granularidade espacial e temporal) dos preços dos mercados atacadista e a definição de produtos e serviços que alinhem os interesses sistêmicos com a capacidade dos SAE de fornecê-los, é o caminho a ser adotado”, destaca a PSR em sua edição do Energy Report do mês de março.

Na análise da consultoria, o reconhecimento dos atributos e serviços que as fontes podem oferecer, desde que feito com isonomia das fontes e a maior “discretização temporal e espacial dos preços”, facilita a valoração e a remuneração dos serviços. E isso será decisivo na viabilidade econômica destas novas tecnologias.

O tema armazenamento é alvo de ações da Aneel ao longo do tempo, lembrou a PSR. Uma delas é a chamada pública 21/2016. Nessa ocasião foram selecionados mais de 20 projetos com a participação de empresas, universidades, centros de pesquisa e consultorias. Mais recentemente foi lançada a Tomada de Subsídio Aneel nº 11/2020, com a meta de responder a questões como especificação dos serviços a serem prestados, mercado de energia elétrica do SIN, serviços ancilares, mercado de capacidade, resposta da demanda, entre outros.

Contudo, avalia que a falta de maturidade do mercado brasileiro ainda impõe riscos comerciais importantes para a inserção das baterias em nível centralizado. A mitigação desses riscos passa pela definição de um produto como em um leilão por parte do planejamento do setor. Esse produto poderia ser um serviço como atribuir potência ou flexibilidade ao sistema, mas sem esquecer as penalidades em caso de não cumprimento.

“Uma sugestão da PSR para o Brasil é a definição explícita de um produto para a compra de rampas de flexibilidade. Em alguns mercados têm se notado que o preço de curto prazo pode não ser suficiente para induzir o fornecimento de rampas de flexibilidade para a operação”, aponta a consultoria. “Para mitigar este problema, alguns mercados americanos vêm explorando um novo produto desenhado especificamente para assegurar o fornecimento de tais rampas”, explica.

Esse produto consiste em incentivar os geradores existentes a disponibilizar sua flexibilidade operacional de seguir a demanda líquida do sistema e incentivar a entrada de novos ativos flexíveis, mas com obrigações de entrega associadas. “Acreditamos que o produto possa ser adaptado para o mercado brasileiro e seria uma maneira de remunerar este serviço”, aponta.

A PSR defende que é necessário equipar o planejamento e operação com ferramentas que possam assegurar a maior precisão possível na identificação da necessidade do produto. Para a consultoria, o aperfeiçoamento dos modelos computacionais atuais, no que diz respeito à representação dos sistemas de armazenamento adicionalmente à hidroelétrica convencional, é fundamental. Permite não só mais visibilidade do operador e planejador dos recursos, mas como uma forma de captura e sinalização dos benefícios econômicos e de confiabilidade.

E finaliza ao lembrar que muitos dos temas estão agenda regulatória da Aneel e em outros, como na modernização do setor elétrico. E avalia que os resultados podem ser decisivos para a correta valoração e remuneração dos serviços prestados pela tecnologia.