A agência de classificação de risco S&P Global Ratings atribuiu o rating ‘brAAA’ na escala nacional à terceira emissão de debêntures proposta pela Eletrobras em duas séries, no valor total de R$ 2,7 bilhão. A primeira, de R$ 1,2 bilhão, vencerá em 2026 e a segunda, de R$ 1,5 bilhão, em 2031, com os recursos captados indo para reforço de caixa e para o financiamento de investimentos na central nuclear de Angra 3.

Segundo a S&P, o rating atribuído está no mesmo nível que o de emissor na Escala Nacional Brasil da entidade. Ao final de 2020, a estrutura de capital da estatal consistia em cerca de R$ 47 bilhões em dívida financeira, sendo R$ 11,4 bilhões no curto prazo. Na mesma data, sua posição de caixa era de R$ 14,3 bilhões.

Além disso, a companhia apresenta um relacionamento estreito com o governo, não estando sujeita à reestruturação, conforme indica a legislação brasileira.

A operação contará com covenants financeiros que limitam o índice de dívida líquida sobre EBITDA ajustado em 3,75x, indicador que será medido anualmente, sendo a dívida líquida ajustada para se deduzir o ativo financeiro relativo à hidrelétrica de Itaipu. Vale ressaltar que o cálculo do covenant exclui garantias prestadas a projetos não consolidados e passivos previdenciários.