Os funcionários da Eletrobras vão entrar em greve por 72 horas a partir da meia noite desta terça-feira, 15 de junho, indo até a meia noite do dia 17 de junho. O motivo da paralisação é a iminente privatização da estatal, que poderá ter o seu processo iniciado após aprovação da MP 1.031 pelo Senado nesta semana. A greve também é uma resposta ao descumprimento do acordo coletivo nacional, para a não renovação de acordos coletivos específicos e às demissões de dirigentes sindicais.

Em carta aberta ao povo brasileiro, a Associação dos Empregados da Eletrobras diz que a greve é uma forma de mostrar a inconstitucionalidade da MP 1031/21, por afronta à soberania, cidadania e defesa do consumidor, entre outros aspectos. Ainda de acordo com a AEEEL, a MP 1.031 vai contra os imperativos de segurança nacional e relevante interesse coletivo, ao tirar a União da gestão de ativos estratégicos, reservatórios de regularização e linhas de transmissão essenciais para a segurança energética do país.

O Coletivo Nacional dos Eletricitários classifica a MP 1.031 como um ‘projeto criminoso’. “Um verdadeiro saqueio, uma pilhagem do patrimônio público, com um único objetivo de beneficiar os privilegiados que sustentam esse governo, especialmente banqueiros e especuladores”, diz o CNE em informativo. O coletivo pede a interrupção imediata da tramitação da MP, já que os impactos e consequências econômicas e sociais não foram discutidas de modo adequado.