O consumo nacional de eletricidade em junho de 2021 ficou em 40.156 GWh, o maior para o mês de toda a série histórica, desde 2004. De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética, o resultado foi puxado pelo efeito base baixa, levando a taxa do mês a ter aumento de 12,5% em relação a junho de 2020. Os destaques foram para as classes industrial e comercial. O consumo acumulado em 12 meses totalizou 493.463 GWh, elevação de 4,6% comparada ao período anterior.

Na classe industrial, o aumento chegou a 19,4%, impactado pelo efeito base. Mas o resultado também veio devido ao bom desempenho do setor. Todos os dez segmentos mais eletrointensivos da indústria consumiram mais. A maior variação veio do setor têxtil 60,4%, sendo seguida pelo automotivo, com aumento de 47,1%. Na participação no consumo, o segmento de metalurgia liderou com 24,6%, com alimentos vindo em seguida, com 12,5% de participação e o Químico, com 11,1% de participação.

A classe comercial, com 19%, anotou a maior taxa de crescimento do consumo de energia elétrica desde o início da pandemia no Brasil. Apesar do desempenho da classe, o consumo comercial ainda é menor do que no mês de junho de 2019. O efeito base aliado ao bom comportamento do setor de comércio e serviços do país puxaram a performance da classe no mês. O destaque nas vendas do varejo foi no setor de tecido, vestuário e calçados, já o comércio varejista ampliado foi puxado por veículos e material de construção. Todas as regiões e estados registraram aumento no consumo da classe.

Já o consumo residencial, que cresceu 4,9% no mês, teve no Centro-Oeste a região do país que mais se destacou no aumento do consumo no setor. A grave seca que assola grande parte da região contribuiu para o resultado. Em junho de 2020, o Centro-Oeste sofria medidas mais restritivas para conter o avanço da pandemia, fazendo com que aumentasse o tempo de permanência da população em casa. As demais regiões também registraram acréscimo da taxa: Norte cresceu 9%, o Nordeste subiu 5,7%, o Sul teve aumento de 4,6% e o Sudeste subiu 2,1%. Nos estados, Mato Grosso, com 20,6%, foi o que registrou a maior alta residencial.

O consumo no mercado livre teve aumento de 24,2% em junho, enquanto no mercado cativo, a alta ficou em 6%. Segundo a EPE,