A liquidação financeira do Mercado de Curto Prazo relativa ao mês de junho fechou em R$ 4,3 bilhões, de um total de R$ 5,9 bilhões contabilizados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. Com a decisão de geradores de anteciparem mais uma vez o pagamento de débitos parcelados no acordo do risco hidrológico o valor represado foi reduzido quase pela metade, passando de R$ 3,5 bilhões em maio para R$ 1,6 bilhão. O destaque foi o adiantamento de R$ 1,8 bilhão, feito pela Chesf.

A contabilização do mês incluiu R$ 1,6 bilhão não repactuado por geradores, que mantém o pagamento suspenso liminares judiciais. Outros R$ 3,8 milhões referem-se à inadimplência e R$ 121 mil a parcelamentos.

Na última terça-feira, 3 de agosto, a Agência Nacional de Energia Elétrica aprovou a homologação das extensões de outorga de 346 das 494 geradoras que aderiram ao acordo do GSF. O deslocamento do prazo dos contratos é uma compensação pelo pagamento dos débitos repactuados.

O presidente do Conselho de Administração da CCEE, afirmou que a decisão abre caminho para por um ponto final em um dos maiores desafios do setor elétrico.

No mês, os agentes que possuem decisões judiciais vigentes para não participarem do rateio da inadimplência advindas das liminares do GSF perceberam adimplência quase na totalidade. Já aqueles que seguem amparados por decisões que impõem o pagamento proporcional, conforme as Regras de Comercialização independentemente dos recursos disponíveis, verificaram uma adimplência de 63%. Após a operacionalização dessas decisões judiciais, os credores que não possuem liminares relacionadas ao rateio da inadimplência receberam cerca de 53% de seus créditos.