O consultor da Associação Brasileira de Geradoras Termelétricas (Abraget), Edmundo Silva, disse que a expansão do sistema fortemente baseado em fontes renováveis intermitentes, como eólica e solar, são fundamentais para o setor, porém o crescimento precisará cada vez mais de fontes térmicas para dar segurança ao sistema elétrico. A afirmação foi feita durante evento online de aquecimento para o Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico (Enase), promovido pelo Grupo CanalEnergia by Informa Markets.

Para ele, a combinação ótima do sistema é uma matriz que tenha “segurança, adequacidade, reserva controlável e resiliência do sistema. Segundo ele, todas as fontes são importantes, porém “precisamos de mais termelétricas para não ficarmos à mercê de São Pedro e rezando para que ele mande água”, diz Silva.

Essa defesa por incremento de térmicas também é porque hoje a matriz elétrica brasileira é 85% de fontes renováveis e favorável a inserção dessa fonte no sistema. E na atual conjuntura de escassez, “não há outra alternativa a não ser termelétrica gerando na base”.

Segundo o executivo, o planejamento do sistema precisa se antecipar a isso. Em um contexto em que o Brasil vive da dificuldade de construção de novas hidrelétricas e reservatórios, “a solução é geração de suporte [térmica] mais as renováveis”.