A CPFL Energia terminou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 1,4 bilhão, crescendo o resultado em 6,2% ante o mesmo período do ano passado, conforme as demonstrações financeiras divulgadas pela companhia na noite da última quinta-feira, 11 de novembro.

A receita líquida somou R$ 11,1 bilhões, volume 43,8% acima do verificado no mesmo trimestre de 2020, enquanto o Ebitda cresceu 32,8% no período, chegando a pouco mais de R$ 2,5 bilhões. Os aportes aumentaram 21% para R$ 932 milhões e a dívida líquida subiu 20%, ficando em R$ 15,9 bilhões e alavancagem de 1,77x.

Na teleconferência ao mercado nessa sexta-feira, 12 de novembro, o presidente da companhia, Gustavo Estrella, disse que o grande desafio pelos próximos três meses é realizar a integração da CEEE T, e que no caso da geradora gaúcha, que irá à leilão, o interesse recai apenas nos ativos em que detém participação.

“Os outros leilões vamos olhar e avaliar se tem alguma linha que se encaixe em nosso negócio de transmissão”, complementou o executivo, destacando também um pipeline superior a 4 GW para novos desenvolvimentos a partir da relação risco x retorno ajustado.

Sobre os preços da energia, o diretor de Mercado da CPFL, Ricardo Motoyama, ressaltou a melhora do período úmido no curto prazo, com chuvas favoráveis e uma queda relevante nos preços no quarto trimestre do ano e nos períodos seguintes.

“No médio prazo vemos uma entrada grande de muitas usinas, sobretudo renováveis para aproveitar o desconto do fio, vemos um excesso de usinas num período de 3 a 5 anos, o que pode pressionar o preço pra baixo dependendo da demanda”, conclui.