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A comercializadora de energia Trinity está entrando no mercado de geração solar distribuída, com o objetivo de chegar a 100 MW de capacidade instalada entre 15 usinas até 2026, somando investimentos entre R$ 400 milhões e 450 milhões. Os primeiros projetos, de 6,5 MWp e 3,5 MW em Minas Gerais já estão em construção e devem ser finalizados no primeiro semestre do ano que vem.

Em entrevista à Agência CanalEnergia, o fundador e CEO da Trinity, João Sanches, disse que a decisão de entrar nesse mercado veio da consolidação de dez anos da empresa de consultoria, gestão e da parte de comercialização, que conta hoje com mais de 500 clientes e faturamento anual aproximado de R$ 1,5 bilhão.

“Fomos acumulando caixa e julgamos que o melhor investimento para a companhia é a geração distribuída, onde conseguimos começar de um tamanho médio para entender melhor o negócio, além da modalidade ter mais rentabilidade do que a geração centralizada atualmente”, explicou o executivo.

Ele conta que na parte de consultoria são mais 250 grupos econômicos de consumidores na carteira, muitos pedindo investimentos em GD para atendê-los. “Nosso diferencial vai ser conseguir idealizar projetos com mais facilidade”, resume Sanches, afirmando que o público-alvo inicial são os clientes da própria consultoria, nos estados onde tem mais vantagens tributárias e tarifas de energia mais altas para a baixa tensão.

Para agilizar os aportes a companhia realizou a aquisição de alguns projetos já com pareceres de acesso e autorizações, suficientes para o ano de 2022, além de montar uma nova equipe para busca de novas usinas em 2023, quando possivelmente poderá também iniciar o desenvolvimento de seus próprios projetos.

Trinity investe em GD na busca de mais retornos para resultados financeiros no futuro (Trinity)

“Vamos buscar também bancos de fomento e outras formas de alavancagem no mercado de capitais. Já estamos construindo uma usina e tem conversas adiantadas com outros bancos e gestores de recursos para estruturar debêntures”, complementa o CEO.

Primeiros projetos

O primeiro empreendimento conta com financiamento do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), a partir de uma linha de crédito para fontes renováveis com dez anos para amortização, e 25% de equity da Trinity. O contrato de arrendamento é de 13 anos e os créditos serão destinados para uma cooperativa local de consumidores residenciais, na modalidade de geração distribuída compartilhada. A expectativa é de aportes de R$ 30 milhões com a operação prevista já a partir de junho de 2022, com conexão até agosto.

Ainda para operação em 2023, a companhia mira outros projetos no Rio de Janeiro e em São Paulo, na área de concessão da CPFL Paulista, somando 13 MW. Nesses casos, a ideia seria atender consumidores comerciais. Outros estados que estão no radar da companhia são Paraná e Santa Catarina.

Perguntado sobre fornecedores, João destacou os painéis da Canadian Solar e inversores da Sungrow, mas também afirmou que olha para outros de gabarito como SMA e painéis da Jinko e da Trina Solar. Já quanto ao faturamento esperado com o novo negócio, ele estima R$ 1 milhão para cada MW entregue.

“Cerca de R$ 100 milhões ao ano não é muito em relação a nossa comercializadora mas a margem é muito melhor na geração, com Ebitda de R$ 70 milhões ao ano e resultado impactando muito nos resultados da empresa para os próximos anos”, pontua, concluindo que o objetivo em 2022 não é aumentar o faturamento da trading e sim fazer operação com eficiência melhor em relação a retornos, com foco total na GD solar.