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Os primeiros passos do que hoje é o Grupo Santa Maria ocorreram no inicio dos anos 1960 como uma serraria na cidade de Guarapuava, região centro sul do Paraná. Uma década depois a empresa fundou uma reflorestadora que plantava suas primeiras mudas de Pinus. Foi nessa época que a a empresa iniciou seus investimentos em uma atividade ‘estranha’ ao negócio, ter sua própria usina para ter energia. Foi assim que investiu na Central Hidrelétrica Salto São Pedro, que tinha o propósito de alimentar a primeira máquina de papel. Hoje a energia é vista como um potencial de ganhos ao ponto de passar a ser, em cerca de uma década, a maior fonte de receita do grupo.

Por enquanto, disse o CEO da empresa, Marcelo Vieira, esse segmento representa 10% da receita do grupo. Os aportes da companhia aumentaram com uma outra usina construída em 1984 e que foi ampliada em 2015 e está com 39 MW toda negociada no mercado livre. Até meados de 2023, conta ele, a empresa investirá R$ 100 milhões em mais duas centrais, uma PCH com 10 MW e uma fazenda solar de 5 MW de capacidade, ambos com energia no ACL.

“Nesse momento mobilizamos o canteiro de obras da PCH Três Capões Novos de 10 MW no rio Jordão, investimento de R$ 80 milhões e temos mais R$ 20 milhões em uma usina solar fotovoltaica que entra em operação esse ano”, relatou ele em entrevista à Agência CanalEnergia.

Energia pode ser nossa principal fonte de receita daqui a 10 ano. Avaliamos ativos na fonte hídrica, solar e eólica
Marcelo Vieria, do Grupo Santa Maria

Quando esses dois novos ativos estiverem em operação a companhia totalizará 55 MW de capacidade, pois a primeira usina, da década de 70, hoje está operando com 1 MW. A indústria de papel é atendida por uma térmica a biomassa, combustível obtido por meio das operações florestais da companhia, mais contratos no ACL.

Mas, disse Vieira, a empresa não pretende ficar apenas com essas usinas em seu portfólio. “Há estudos em andamento para ampliarmos nossa capacidade, nosso plano estratégico indica que em 5 anos queremos ter 100 MW”, revelou ele. “Para isso, a empresa deverá aportar mais R$ 250 milhões”, apontou.

Se concretizar esse plano, a energia deverá responder por 40% da receita do grupo, a segunda maior fonte de faturamento. Mas, não deverá parar por aí, disse o executivo. A empresa estuda ampliar ainda mais suas operações em energia a ponto de a energia superar os demais negócios e ser a principal fonte de receita.

O CEO diz que os estudos estão no início com uma área dedicada a avaliar as possibilidades. Mas isso deverá ocorrer apenas em um horizonte de 10 anos para que se torne realidade. No radar da empresa, além da fonte hídrica e a da solar, a eólica também é objeto de análise ali na localidade onde se encontra, onde as altitudes chegam a 1.100 metros e está próximo a outros parques eólicos num raio de 150 quilômetros.

“Estamos estudando o tema, sabemos que o Nordeste é a principal região para a eólica, mas por estarmos no sul do país e aqui também termos potencial, nossa opção é por ficar na região, a altitude aqui na região favorece o vento”, destacou. O grupo comemora esta semana 60 anos de fundação e além de energia e papel, possui atuação em reflorestamento e agricultura.