O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social apoiará o desenvolvimento de uma tecnologia para reduzir a emissão de gases de efeito estufa das termelétricas. O processo inovador, já provado em laboratório, permitirá a quebra de gases de exaustão em usinas e será testado em escala industrial com a instalação de um dispositivo na chaminé (local de purga dos gases) da termelétrica da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), no Rio de Janeiro.
 
Os recursos do BNDES, R$ 8,2 milhões, aprovados no âmbito do Fundo Tecnológico (BNDES Funtec), na modalidade não reembolsável, serão geridos pela Fundação de Desenvolvimento da Universidade Estadual de Campinas (Funcamp), vinculada à Universidade de Campinas (Unicamp), responsável pela execução técnica do projeto. O projeto contará, ainda, com recursos (cerca de 14% do total a ser financiado) da ThyssenKrupp Companhia Siderúrgica do Atlântico, e terá a participação da Microondas Desenvolvimento de Tecnologias de Energia e Meio Ambiente (Innovatus), empresa incubadora da Unicamp.
 
O projeto prevê a instalação, na chaminé, de um dispositivo formado por uma cerâmica com propriedades especiais, capaz de quebrar as moléculas de gases poluentes, separando-as em elementos inertes, por meio do aquecimento com microondas até em torno de 1500° C. Tal processo elimina a produção de gases que causam o efeito estufa, como gás carbônico, óxidos nítricos e óxidos de enxofre. As moléculas de gases serão quebradas após permanecerem por dois segundos na cerâmica superaquecida.
 
O apoio ao projeto reitera a prioridade do desenvolvimento sustentável para o BNDES. A nova tecnologia representa uma alternativa para solucionar de forma eficaz a emissão de gases de efeitos estufa em termelétricas e, se confirmada sua eficácia, pode ser replicada e adaptada para usinas espalhadas pelo país.