O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa, garantiu que o leilão da Celg-D será realizado no próximo dia 19 de agosto, mesmo em meio as críticas de potenciais investidores sobre o preço pedido pela companhia, considerado elevado. "Temos confiança de que o leilão vai ter interessados pela qualidade do ativo Celg-D", disse o representante do governo em entrevista exclusiva à Agência CanalEnergia, após participação em evento em São Paulo, nesta sexta-feira, 12 de agosto.
 
Potenciais comprados como Energisa e Equatorial criticaram abertamente o preço mínimo de R$ 2,8 bilhões estipulado pelo ativo. Para Ricardo Botelho, presidente do Grupo Energisa, o valor pedido não condiz com a realidade do mercado e certamente irá afastar potenciais investidores.
 
Pedrosa saiu em defesa do ativo e disse que o mercado de Goiás está em crescimento, com bases agrícola e industrial sólidas. Para ele, a Celg-D é o melhor ativo que está sendo ofertado pelo grupo Eletrobras e pelo setor privado. "Certamente é a melhor oportunidade de investimento em distribuição de toda essa carteira que está sendo colocada, seja os nossos da Eletrobras, seja aqueles que está para eventualmente ser transacionado no ambiente privado."
 
"A visão dos governos Federal e de Goiás é de vender a Celg. A empresa será vendida assim como as empresas de distribuição da Eletrobras… Esse é um movimento que está traçado", afirmou o secretário. 
 
A Celg foi federalizada em janeiro de 2015, passando seu controle acionário para a Eletrobras, sócia majoritária, com 50,93% das ações. Os outros 49% das ações pertencem a Celgpar e há ainda 0,07% que estão sobre o controle de outros acionistas. A concessionária é responsável pela comercialização de energia elétrica em 237 municípios goianos, o que corresponde a mais de 98,7% do território do Estado. Atualmente, atende a mais de 2 milhões de unidades consumidoras e representa 2,4% do consumo de energia elétrica no Brasil.