O consumo nacional de energia somou 59.119 MW médios entre os dias 1º e 25 de outubro, indicando um recuo de 3,5% na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados coletados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. Houve queda de 7,6% no consumo do mercado cativo, impactado pela migração de clientes cativos para o mercado livre. Sem o impacto causado por esse movimento, ainda haveria queda de 5,1%. Já no Ambiente de Contratação Livre houve aumento de 9,9% no consumo sobre influência direta das novas cargas vindas do mercado cativo, uma vez que sem a presença desses novos consumidores na análise, há uma redução de 5,7% no período.

Entre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, consumidores livres e especiais, os setores com maior evolução no consumo foram os de comércio (+73,1%), serviços (+45,7%) e telecomunicações (+42%), índices também influenciados pela migração dos consumidores para o mercado livre. Os setores de extração de minerais metálicos (-19,8%), transporte (-3,1%) e químicos (-1,4%) apresentaram redução já com as cargas novas incluídas na análise. Apenas os segmentos de madeira, papel e celulose (+4,5%), metalurgia e produtos de metal (+4%) e saneamento (+7%) tiveram crescimento mesmo com a retirada do efeito de migração para o ambiente livre.
 
Geração – No mesmo período, a análise do desempenho da geração indica a entrega de 61.549 MW médios de energia ao Sistema Interligado Nacional, queda de 3,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. O destaque é o aumento de 40,5% na produção das usinas eólicas, enquanto a geração térmica caiu 12,3% no período. As usinas hidráulicas, incluindo as PCHs, também registraram queda (-3,6%) na produção de energia com representatividade de 69,1% da fonte sobre toda energia produzida no país. O índice é praticamente o mesmo registrado em outubro de 2015, quando a fonte representou 69,2% de toda geração do SIN.
 
As informações constam na mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico da CCEE, que traz dados de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais. O documento também apresenta estimativa de que as hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE gerem em outubro, o equivalente a 86,8% de suas garantias físicas, ou 43.406 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, este percentual foi de 83,2%.