As tarifas da Ampla terão aumento médio de 7,38 % a partir de 15 de março, com efeito médio de 7,89% para os consumidores atendidos em alta tensão e de 7,15% para o segmento de baixa tensão. Os índices são provisórios e deverão passar por ajustes após a aprovação da norma da Agência Nacional de Energia Elétrica que vai definir o tratamento a ser dado aos componentes financeiros nos processos tarifários das distribuidoras e as regras de repasse dos preços de contratos de compra de energia.

Entre os itens que influenciaram o reajuste deste ano estão a redução de 3,37% no custo dos encargos setoriais em relação ao reajuste anterior, com destaque para a CDE Uso, que teve impacto de -3,64%. Os encargos tiveram efeito tarifário médio de -0,75%. O custo de compra de energia também foi menor. Ele cresceu 3,58% e contribuiu para uma elevação tarifária de 1,60%.
 
Já as despesas financeiras (CVA) referentes ao custo de aquisição de energia ficaram em R$ 329,8 milhões, valor que será devolvido na tarifa nos próximos 12 meses. A tarifa da Ampla praticamente não capturou a redução da tarifa de repasse de Itaipu a partir de 1º de janeiro. Houve também redução de 5,55% nos custos de transmissão, com efeito médio de -0,31% na tarifa. A variação negativa reflete a redução na Parcela de Ajuste, que compensa déficits ou superávits de arrecadação, e a redução do custo atribuído ao segmento de consumo no rateio do pagamento do valor arrecadado pela Tarifa de uso do Sistema de Transmissão.

Em 2015, o reajuste anual da concessionária ficou em média em 43,14%, já incluídos os custos financeiros. Nos últimos nove anos, segundo a Aneel, a tarifa do consumidor residencial da Ampla variou 50,6%. A empresa atende 2,6 milhões de consumidores no estado do Rio de Janeiro. A empresa solicitou que não fosse aplicada a trajetória de perdas definida pela agência para efeito de reconhecimento nas tarifas. A Aneel argumentou que o tema tem de ser tratado no processo de revisão tarifária e não há como alterar a meta de forma excepcional no reajuste.
 
A distribuidora também pediu a redefinição do valor de religação da conta de luz, que hoje é baixo (R$ 14,00) e funciona como um incentivo à inadimplência. A agência deverá finalizar em até 180 dias um estudo sobre os valores cobrados pelas empresas.