A Brasil Comercializadora da Energias está confiante. Apesar do atual patamar de preços no mercado livre, a empresa acredita que programas que incentivarão a geração distribuída, o ProGD, e o próprio ACL apresentam uma grande perspectiva de crescimento. A empresa está com uma nova área para prospectar novos negócios que já resultou na aquisição de uma CGH no interior de São Paulo e ainda poderá ser ampliada para um novo segmento de negócio dentro da comercializadora ou até uma subsidiária que poderá ser criada ainda este ano.

Fundada em 2012, atualmente, a empresa vem negociando entre 100 MW médios a 150 MW médios ao mês. O diretor comercial da empresa, Alessandro Carmeli não revela o volume exato, mas diz que a intenção da comercializadora é de manter esse nível de negócios no curto e no médio prazo, apesar de manter em seu portfólio clientes com contratos de longo prazo. Contudo, a ideia não é a de focar no trading de energia e sim diversificar a área de atuação no mercado de energia.
“Estamos estudando a geração distribuída, para isso contratamos um gerente de novos negócios e acabamos de comprar uma CGH como primeira ação dessa nova área. Avaliamos as oportunidades em geração solar por meio dessa nova área e agora estamos olhando a geração distribuída. Podemos eventualmente monta uma nova empresa ou estabelecer uma nova área focada nessa questão para gerar energia e negociar no ACL. Há diversas possibilidades de negócios”, indicou o executivo em entrevista à Agência CanalEnergia.
Ainda para 2016 Carmeli aponta que ativos de geração estão no foco da empresa, mas sem preferência por fontes. Segundo ele, além dessa CGH de 1 MW adquirida e que fica no município de Cachoeira Paulista (SP), as oportunidades que podem ser avaliadas passam desde PCHs a outras usinas de menor porte e usinas solares fotovoltaicas, seja com 100% do capital ou em sociedade com outros agentes. “Entendemos que o mercado é muito grande para ficar somente no trading de energia”, destacou o diretor.
No segmento de geração distribuída, Carmeli destaca as perspectivas de crescimento da Aneel que aponta 2020 como um ano em que a capacidade instalada desses sistemas já terá um peso considerável. Ele baseia esse otimismo pelo que já se viu em outros países onde a energia solar fotovoltaica por meio de sistemas de GD avançaram mais recentemente, como Alemanha, China e Estados Unidos. E acrescenta que o crescimento do uso de sistemas de baterias para armazenar o excedente gerado trará uma perspectiva melhor ainda para o mercado. Outro ponto destacado é o avanço da tecnologia e o melhoramento da eficiência dos sistemas.