A Light vai pedir à Agência Nacional de Energia Elétrica uma mudança na trajetória de perdas estabelecida em 2013 até 2018. Segundo Paulo Roberto Pinto, presidente da companhia, o cenário atual é muito diferente do que se apresentava em 2013, com fatores novos que trazem impacto no índice de perdas não técnicas.

O executivo comenta que o aumento expressivo das tarifas e da violência no Rio de Janeiro contribuem para a elevação do índice. No terceiro trimestre do ano, houve um aumento em relação a trajetória de 0,17%, fechando setembro com um índice de perdas de 39,80%, ainda abaixo do percentual estipulado pela Aneel, de 39,92% para 2015. Nos últimos 12 meses, o índice de perdas caiu 1,5 pontos percentuais.

"Precisamos incorporar esses novos fatos, por isso me referi a uma nova trajetória de perdas", declarou Pinto durante teleconferência para divulgação dos resultados do terceiro trimestre, que aconteceu nesta sexta-feira, 13 de novembro. Ele explicou que aumento de mais de 50% na tarifa em um ano, aliado a conjuntura econômica do país, com aumento do desemprego, impacta no índice de perdas da companhia.

"A violência na área de concessão também é preocupante. Para restabelecer o fornecimento em algumas áreas é complicado", destacou. Segundo ele, o combate às perdas está sempre no foco da agenda da Light. Até setembro deste ano, a empresa já havia instalado 770 mil novos medidores. A meta é chegar a 1 milhão de novo medidores no ano que vem.