As chuvas no mês de maio ficaram um pouco acima da média histórica nas principais bacias da região Sudeste, com aumento entre 2% e 3% no nivel dos reservatórios, que devem chegar a 36% de sua  capacidade. No Sul, as precipitações foram abaixo da média, assim como no Nordeste, onde o armazenamento deve ficar em 26,5%, segundo dados divulgados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico, na apresentação aos agentes do Programa Mensal de Operação de Junho.

O ONS reduziu a geração a plena carga da hidrelétrica de Tucuruí (PA), que parou de verter água desde a última terça-feira, 26 de maio, e a tendência é de que a produção da usina passe a ser modulada ao longo do dia. No Sul, a termelétrica de Uruguaiana deve parar de gerar esta semana, por não haver mais disponibilidade de gás, e retornar provavelmente após o período de inverno, segundo relato feito aos agentes por representantes do ONS, na reunião do PMO de junho. O mesmo deve acontecer com a importação de energia da argentina, em razão do aumento da demanda interna por gás no país vizinho nos próximos meses.
 
Em razão da situação dos reservatorios no Nordeste, a Agência Nacional de Águas autorizou a realização de testes para uma nova redução na vazão do rio São Francisco, com volumes  menores que 1 mil metros cúbicos por segundo. Fora Uruguaiana, não há nada que sinalize, para o ONS, redução nesse momento da geração plena das térmicas.

O operador, no entanto, estima redução da carga de energia no Sistema Interligado, e a previsão é de que a demanda do ano seja próxima da de 2014. Maio deve terminar com 60.961 MW médios, com redução de 3% comparado a maio de 2014 e de 3,7% em relação ao previsto no PEN (Plano de Operação Energética). Para junho, a previsão é de um carga  61.328 MW médios, próxima à do mesmo período do ano passado.

Um erro constatado na semana passada no programa Newave, limitou indevidamente a geração das usinas do rio Madeira (Jirau e Santo Antônio) e Belo Monte, que ainda não entrou em operação.O problema no modelo foi corrigido, e o Custo Marginal de Operação da última semana de abril e de todas as semanas de maio das usinas recalculado, com uma pequena redução. A avaliação preliminar da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica é de que a correção não terá impacto no Preço de Liquidação das Diferenças, que tem se mantido no teto em consequência da manutenção a plena carga das usinas termelétricas. O assunto foi submetido à Agência Nacional de Energia Elétrica, a quem cabe decidir sobre a necessidade de eventual  retificação do PLD nas últimas semanas.