As termelétricas movidas a biomassa de cana aumentaram em 17% a quantidade de energia injetada na rede em 2014 em relação ao ano anterior. Essas usinas colocaram 2,1 GW médios na rede, mesmo tendo 1,1 GWmed contratados, segundo dados da Análise de Conjuntura dos Biocombustíveis publicada pela Empresa de Pesquisa Energética nesta quinta-feira, 28 de maio.

Contudo, os investimentos continuam a se reduzir atingindo R$ 110 milhões no ano passado, 45% menos que no ano anterior. O valor também está bem distante do pico de R$ 1,9 bilhão aplicados em 2008. Isso é reflexo da participação mais tímida da fonte nos leilões. No ano passado, foram 90 MWmed comercializados. Desde 2011, foram adicionados mais de 700 MWmed ao Sistema Interligado Nacional, segundo a EPE.

O documento observa que "as usinas continuaram seu movimento de eficientização, com a troca de caldeiras antiga por outras de maior pressão de operação, e aumentaram a quantidade de energia exportada" ao SIN. A bioeletricidade evitou a emissão de 2,5 milhões de toneladas de CO2 equivalentes, cerca de 70% superior a 2013. "Esta grande diferença é explicada, principalmente, pela maior participação das usinas térmicas a gás natural na matriz nacional no ano de 2014, o que elevou o valor de fator de emissão médio de CO2 utilizado no cálculo".