O modelo de desinvestimento do governo federal na Celg-D será utilizado como modelo para ser aplicado a outras empresas do setor elétrico que deverão entrar no Plano Nacional de Desestatização (PND). A distribuidora goiana é a prioridade para a venda de ativos do governo federal, mas o governo já trabalha na possibilidade de incluir outras empresas do setor e até empreendimentos de geração e transmissão.

“Há a possibilidade de outras empresas, mas que ainda não estão no PND e portanto não posso tornar esse um anúncio público. Mas temos o compromisso, estudamos dentro dessa política e não apenas em distribuição, mas outros ativos ainda que podem ser desinvestidos por que o governo federal entende que cumpriu seu papel dentro da política social. São ativos do setor elétrico de toda a ordem, de geração, transmissão e de toda a natureza. Há um plano em elaboração e já outras que já são públicas como a da Celg”, revelou o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga após a sua participação na 12ª edição do Enase, que é realizado nessa quarta-feira, 27 de maio, no Rio de Janeiro.
De acordo com o ministro, não há dentro do governo brasileiro nenhum preconceito em relação à transferência desses ativos à iniciativa privada. A meta é de fazer esse processo de privatização dentro do plano da racionalidade econômica e de mercado, pois existem regiões com grandes sistemas isolados e que ainda estão sem viabilidade para entrar no grupo de ativos a serem vendidos e outros já no sistema interligado e que agora já é desnecessário o governo investir como indutor do desenvolvimento, pois essa função já foi exercida e que agora a iniciativa privada pode exercer seu papel.
Como característica principal desses ativos que podem fazer parte do processo do PND, explicou ele, está a sua localização em mercados maduros. Contudo o ministro não quis indicar quais poderiam ser os próximos alvos do governo.
Ele afirmou apenas que é necessário entender  que esse movimento é uma das partes da restruturação do setor elétrico que vem sendo adotado. “Temos as prioridades dadas pela presidenta Dilma e estamos trabalhando a restruturação dentro da holding Eletrobrás e nas coligadas. Devemos ter critério para os anúncios ate porque são empresas que detém ações no mercado de capitais e o plano será informado ao passo que for concluído”, acrescentou ele.
Por enquanto, disse Braga, o PND está apenas com a Celg-D que deverá ser colocada à venda no último trimestre do ano. A ideia, segundo o ministro, é de saída total da Eletrobras na empresa, mas esse movimento de desinvestimento integral em um determinado ativo dependerá de cada caso.