Os recursos da venda da Celg Distribuição (GO) não serão usados diretamente para reforçar o caixa do Tesouro e contribuir para o equilíbrio das contas públicas, afirmou o diretor Financeiro da Eletrobras, Armando Casado de Araujo, em conversa com jornalistas nesta quarta-feira, 20 de maio. A arrecadação com a eventual transferência de controle da distribuidora pode produzir impacto positivo no resultado financeiro da estatal em 2016, porque vai entrar como receita. 

“A venda não ajuda diretamente o resultado fiscal. O que ela ajuda é em termos de dividendos, na medida em que contribui para melhorar o resultado das companhias. E aí, melhorando o resultado, tem o pagamento do Imposto de Renda e da Contribuição sobre o Lucro”, disse Casado, após participar de audiência pública na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados. Perguntado se na hipótese de venda da empresa ainda em 2015 alguma parcela iria para a União ou ficaria dividida entre a Celgpar e a Eletrobras, o executivo disse que os recursos ficariam com os sócios.

Federalizada em janeiro deste ano, com a transferência do controle do governo de Goiás para a Eletrobras, a Celg deve ser a primeira empresa do grupo privatizada. A licitação para a entrada de um novo controlador só poderá ser feita após a renovação do contrato de concessão, que depende ainda da publicação de decreto presidencial. Outras seis empresas da Eletrobras nos estados de Alagoas, Piauí, Amazonas, Acre, Rondonia e Roraima, também com contratos vincendos, poderão ser vendidas pela estatal.