A situação especial que o Rio Grande do Norte apresenta, com 2 GW de capacidade eólica instalada, fez com que os agentes empresariais do estado efetivassem o Sindicato das Empresas Operadoras, Geradoras, de Transmissão, Comercialização e Distribuição do Setor Energético do Estado do Rio Grande do Norte. Criado em 2012 e efetivado este ano, o SEERN vem com a missão de preservar o bom ambiente de investimentos do setor no estado. De acordo com Jean-Paul Prates, presidente do sindicato, a intenção é manter o Rio Grande do Norte na vanguarda dos bons resultados obtidos até hoje. Ele prega a integração entre os empresários potiguares do setor, em busca do crescimento sustentável. "O sindicato está capacitado para integrar o mundo empresarial e obviamente defender os interesses da indústria do estado", explica.
A ideia é que como o estado tem largado na frente com a fonte eólica desde quando ela foi oferecida em leilões, ele deve ser visto como parâmetro. Mesmo sendo economicamente um estado pequeno, no que diz respeito a energia eólica o retrato se inverte. Cerca de 80% da matriz do estado é de energia dos ventos, maior que a de muitas regiões do mundo. "O que acontece lá pode acontecer em outros estados, tanto o que de ser evitado como o que pode ser aprimorado", revela
Prates conta que o sindicato já foi apresentado em reunião ao governador Robinson Faria (PSD), já que no governo estadual estão os pleitos mais próximos do Seern. Questões envolvendo licenciamento ambiental, como a possibilidade de agilização e tramitação de projetos estão na pauta de pleitos do Seern. Prates também quer um levantamento de áreas que estejam predispostas para receber empreendimentos de outras fontes e as que não estejam.
Outros temas de interesse do setor também foram relacionados na reunião, como a atualização dos atlas eólico e offshore do estado, uma cartilha de investidor da região, além de projetos para irrigação em comunidades rurais por meio de fontes renováveis.
Ele conta que o sindicato também será apresentado ao Ministério de Minas e Energia. O sindicato será composto por empresas que atuam na área de geração, transmissão e distribuição de energia, bem com os fornecedores vinculados. Empresas que participam da cadeia energética, mas que já tenham representatividade, como as construtoras, não deverão se filiar ao sindicato.