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O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, defendeu a entrada de capital privado na companhia como forma de salvar a maior elétrica do país. No final de agosto, o Ministério de Minas e Energia (MME) anunciou que o governo vai reduzir sua participação na empresa por meio de um processo de pulverização de ações.

“Para a gente ter sustentabilidade nessa empresa, nós temos de fato que ter capital privado”, disse o executivo nesta segunda-feira, 2 de outubro, em São Paulo, durante participação do 18º Congresso do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), cujo tema foi “Governança Consciente: Quando as regras não bastam”.

Ferreira espera que o processo de “democratização do capital social” resulte em uma entrada importante de recursos para poder fazer frente aos R$ 5 bilhões de investimentos anuais que a empresa precisa fazer. Ele ainda criticou a “visão patrimonialista” de alguns setores da sociedade que resiste ao processo de privatização, acreditando que é possível que o setor público sustente os investimentos que o país precisa para se desenvolver.

“O grande obstáculo é que a gente tem essa visão patrimonialista de que nós vamos fazer tudo com o nosso dinheiro… Não somos capazes de sair dessa crise com o nosso dinheiro. Vamos construir a saída com recursos de terceiros…Temos que atrair investimento privado para o Brasil”, afirmou o executivo.

Ferreira destacou a delicada situação financeira e operacional que a companhia se encontrava quando chegou. Nos últimos seis anos, a Eletrobras investiu R$ 60 bilhões sem ter recursos, o que levou a um aumento exponencial do endividamento. Há um ano e meio, o endividamento da Eletrobras era 9x superior ao potencial de geração de caixa da empresa. Hoje essa relação está melhor (4,7 x Ebitda), porém ainda desafiadora.

Ferreira disse que a crise na empresa o obrigou a ter foco. Por esse motivo a Eletrobras resolveu sair do setor de distribuição de energia elétrica, para se concentrar em geração e transmissão. A previsão é que seis distribuidoras sejam privatizadas até o primeiro semestre de 2018. O desenho de como se dará esse processo foi concluído pelo BNDES na semana passada e está sendo analisado pela diretoria da empresa.

Além disso, o executivo disse que espera concluir nos próximos seis meses a venda de 77 Sociedades de Propósito Específico (SPEs), seja se desfazendo de participação em sociedades com outras empresas, seja eliminando ativos que não fazem mais sentido para Eletrobras.

O desequilíbrio não é só financeiro. O custo operacional da companhia é 50% superior ao montante que as tarifas permitem cobrir. Para resolver esse problema, a empresa busca reduzir o número de funcionários por meio de programas de aposentadoria e demissão incentivada.