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O período úmido de 2017/2018 não começou do ponto de vista técnico para os modelos meteorológicos. Até o momento há um atraso de cerca de 20 dias no seu início que é representado pela umidade da Amazônia avançando pelo Centro-Oeste do país. Até o momento, segundo as imagens do satélite Goes esse fator indica que há atraso. E a tendência é de que as chuvas deste período possam ficar abaixo da média histórica o que levanta dúvidas sobre as perspectivas de abastecimento para o segundo semestre de 2018.

De acordo com a meteorologista e diretora da Climatempo, Patrícia Madeira, essa métrica técnica deveria ter sido alcançada em 15 de outubro, o que não aconteceu. O pior indicativo é que medições e projeções do NOAAA, dos Estados Unidos, é de que as águas do pacífico indicam que a perspectiva é de que haja a ocorrência de La Niña em meados do ano que vem. Essa anomalia climática é marca pela redução de chuvas no Brasil enquanto o El Niño pelo efeito contrário. “Com isso a tendência de chuvas para o período úmido do ano que vem é de um novo atraso, o que traz preocupação até mesmo para questões de abastecimento”, afirmou a executiva em sua apresentação no 5º Fórum Nacional dos Consumidores Livres, evento realizado pelo Grupo CanalEnergia e que faz parte da 1ª edição do Energy Expo Forum, em São Paulo.

A estimativa preocupante deve-se ao fato de que a tendência de chuvas desse período úmido ficar abaixo da média. As projeções da Climatempo apontam para que os reservatórios alcancem ao final de março níveis abaixo do necessário para sua manutenção ao longo do ano. Patrícia afirmou que a estimativa é de que no Nordeste esse índice de armazenamento fique em 27%, em 35% no Sudeste, 51% no Sul e 78% no Norte, este sim o único que mostra certa tranquilidade.

O cenário hídrico brasileiro, lembrou a executiva, assemelha-se muito ao que o país viveu em 2012. Segundo seu relato, em 2010 houve dois anos de La Niña antes da crise naquele ano. Hoje, continuou, falta um driver da atmosfera quanto às anomalias que serão vistas no hemisfério sul. No ano passado houve El Niño, mas acontece que este evento não foi o suficiente para encher os reservatórios.

Em termos de chuvas para esse período úmido a tendência é de que as chuvas no sudeste possam chegar a partir de meados de novembro. Contudo, a estimativa é de que no geral não seja um ano de grandes volumes ao ponto de reverter o quadro atual que demandaria um volume muito acima da média para que o país recuperasse o índice de armazenamento. No geral o Nordeste continuará com problemas por conta da falta de umidade no solo e a irregularidade é que deverá marcar esse período, com pancadas mas que podem ocorrer – ou não – no local necessário para o seu esperado replecionamento.