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O segmento de subestações digitais começa a dar seus primeiros passos no Brasil. Aproveitando a onda de novos investimentos pelos quais o país vem passando com os leilões bem sucedidos nos últimos anos, tendência é de que essa arquitetura de ativo seja mais vista no segmento de transmissão. Contudo, o mercado de distribuição pode ser um caminho de crescimento dadas as restrições cada vez maiores, principalmente, em grandes cidades e nos índices de qualidade impostos pela Agência Nacional de Energia Elétrica.
O gerente de tecnologia de automação de subestações da ABB Brasil, Júlio Oliveira, classifica esse nicho de mercado como cada vez mais popular e que a empresa aposta na retomada de negócios em transmissão quando se pensa em subestações. Ele explica que uma das grandes vantagens desse modelo de equipamento é a rapidez com que é implantado e é mais seguro em termos de operação no pátio por ter a substituição de cabos de cobre por fibra óptica.
“As subestações digitais exigem menos espaço e aumentam a segurança para os funcionários, pois a digitalização dos dados reduz a necessidade de intervenção manual e elimina a possibilidade de choques elétricos na sala de controle”, relata ele. “A substituição de cabos de cobre por fibra óptica permite reduzir em até 80% a quantidade de cabos necessários, bem como a redução do impacto no transporte dos cabos e obra civil. O tempo de implantação pode ser 40% menor”, aponta o executivo.
Ainda entre as vantagens da tecnologia, continuou ele, as subestações digitais permitem maior confiabilidade na transmissão da energia elétrica, com acompanhamento em tempo real e maior volume de informações, uma vez que o avanço da tecnologia vem alcançando cada vez mais o setor elétrico. E ainda, a necessidade de que os ativos tenham nível de disponibilidade mais elevada para evitar penalizações pela agência reguladora abre um precedente importante para justificar sua implantação por permitir uma identificação mais ágil de eventuais problemas que possam atingir aquela subestação.
A redução do tempo de implantação, explicou ele, vem justamente da menor necessidade de enterramento de cabos o que favorece o tempo de implantação do projeto. Permite espaços menores e custos mais baixos, consequentemente. “Um exemplo, fizemos um piloto em uma concessionária de São Paulo onde a subestação convencional demoraria de 5 a 6 dias, concluímos em um dia. Em uma grande instalação de 500 kV a redução depende do tamanho do projeto podem ser semanas e meses a menos”, estima Oliveira.
Apesar dos benefícios, com a digitalização da subestação aparece uma nova necessidade em termos de segurança cibernética. A partir do momento que aumenta o volume de dados e o uso da comunicação no processo de transmissão a questão da segurança é uma necessidade básica para assegurar o correto uso dos recursos e suas funcionalidades. Oliveira destaca que apesar dessa necessidade, a proteção efetiva dos sistemas é possível de ser obtida na hora do desenho dos requisitos de configuração. Um dos pontos é segregar o acesso de forma física. E outra questão é não ter ponto de acessos para o compartilhamento de informações e assim evitar aberturas para acessos indevidos.
Em um primeiro momento a perspectiva é de que os negócios com transmissão tenham destaque, mas não descarta atuar com distribuidoras ao fornecer subestações para esse mercado. Contudo, concorda que o grande volume deverá ser originado desses investimentos em transmissão negociados em leilões que representam vultosos investimentos em novos ativos. Mas, lembrou ele, não se pode deixar de lado os aportes em reforços e melhorias que estão por vir.