A Siemens assinou um contrato com a CPFL Energia para o fornecimento de dois sistemas digitais para as subestações da distribuidora. Entre os benefícios da parceria estão a elevação dos índices de segurança operacional, bem como a redução da incidência de falhas e dos custos gerais com os empreendimentos, além da questão da interoperabilidade. Com valor estimado em R$ 1,5 milhão, a solução será entregue ao final de 2018, sendo a primeira deste tipo desenvolvida pela gigante alemã no Brasil.

O modelo proposto pela multinacional, e que será implantado na CPFL Paulista, responsável por distribuir energia para 4,4 milhões de consumidores, utiliza a tecnologia process bus, que digitaliza dados analógicos dos equipamentos de pátio da subestação e os transmite através de redes Ethernet em fibra ótica para os dispositivos de proteção na casa de controle.

De acordo com o diretor de Engenharia do Grupo, Caius Malagoli, o projeto está alinhado com os investimentos da companhia na digitalização da operação, despacho de equipes e telemedição: “A CPFL Energia, como pioneira em inovação no setor elétrico brasileiro, tem focado seus investimentos em tecnologia na direção da digitalização da rede elétrica”, explicou.

Na visão de Sergio Jacobsen, gerente da unidade de Digital Grid da Siemens, as ferramentas oferecidas se destacam pelo pioneirismo e segurança que oferece aos operadores dos equipamentos: “A medição da tensão e corrente é necessária e fundamental para a proteção, controle e automação de um sistema elétrico. Com nossa solução, a medição passa a ser feita com fibra ótica, o que reduz em pelo menos 30% os custos com materiais e serviços utilizados, principalmente na parte de cabeamento e engenharia do projeto elétrico”, comentou.

Jacobsen também ressaltou que o processo de digitalização das SE’s traz confiabilidade da rede contra falhas, além de reduzir o risco de acidentes elétricos na sala de controle. “Neste projeto, a tecnologia implementada pela Siemens otimiza os custos com operação e manutenção por todo o ciclo de vida da subestação. Uma maior segurança é garantida às equipes em intervenções e atividades de manutenção.”

As subestações digitais da Siemens também se destacam pela sua interoperabilidade, que é a capacidade de operação com sistemas operacionais diferentes. No caso da solução ofertada para a CPFL Energia, ela é padronizada pela norma internacional IEC 61850-9-2 e possui conectividade com a plataforma MindSphere (sistema operacional Siemens, aberto para Internet das Coisas – IoT), que atesta a automatização dos empreendimentos.