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Nos últimos dois anos o ambiente da energia solar fotovoltaica mudou radicalmente. Essa é a avaliação do vice-presidente da chinesa Trina Solar, Rongfang Yin, que esteve pela segunda vez no Brasil. Para o executivo, o país deu um grande salto em termos de estrutura e de perspectivas para o segmento desde sua última viagem para cá, realizada em 2016. A empresa, fundada em 1997, ainda não possui fábrica por aqui, mas olha o mercado nacional com otimismo ao passo de admitir que pode entrar com mais intensidade ao se associar a desenvolvedores de projetos ou ela mesma atuar desta forma. A meta é de ser uma das três maiores do país no segmento em termos de fornecimento de painéis nos próximos dois anos.
Por enquanto, destacou o executivo, a atuação da chinesa ainda está focada no mercado de geração distribuída, que vem dando largos passos em seu crescimento local. Essa avaliação decorre da comparação que ele faz entre os dois momentos que esteve no país. O primeiro, há dois anos, mostrava um mercado nacional com poucos players e falta de mão de obra qualificada. Hoje, relatou ele, esse ambiente está mudado, é possível encontrar diversos players competentes que atuam no Brasil, o que facilita o crescimento desse mercado.
“Houve um desenvolvimento muito grande no Brasil desde a última vez em que estive por aqui, estamos buscando oportunidades para desenvolvimentos de projetos locais. Vejo que o país tem um crescimento rápido e um grande potencial”, destacou ele. “Contudo, a estabilidade é um ponto muito importante para o setor, infelizmente houve mudanças em relação às politicas públicas e tivemos a paralisação dos leilões por quase dois anos o que fez com que nossas avaliações sobre o país também parassem”, revelou o executivo.
À época a empresa pesquisava o mercado nacional para ter uma unidade produtiva local para atender a demanda segundo as regras de nacionalização de equipamentos dos BNDES. Mas, com a ausência de contratações por parte do governo no período de sobrecontratação das distribuidoras, a companhia congelou os planos. De acordo com o executivo, atualmente para se justificar o investimento em uma nova planta é necessário que exista um mercado de 5 GW, seja no país ou na região onde essa unidade está instalada para poder ser economicamente viável. Outro índice que pode determinar o local dessa nova fábrica são os custos.
“Nossa decisão de investir em uma fábrica não é por conta de medidas protecionistas ou não, a decisão deriva de aspectos comerciais que indiquem a viabilidade econômica de um aporte dessa expressão”, destacou.
Atualmente a Trina possui oito fábricas, dessas, 5 estão fora da China, nenhuma nas Américas. E a Trina está em busca de expansão de sua capacidade de produção em locais fora de seu país de origem. De acordo com o site da companhia, na América do Sul há apenas uma representação oficial, no Chile. Por esta razão, a busca por parcerias locais já que o mercado brasileiro é o maior da região até por sua extensão e disponibilidade de terras para a implantação de projetos. Mas, lembrou, ainda estão avaliando as diversas opções que existem em toda a região. Além do Brasil, indicou, o México, Argentina, Cuba e o próprio Chile como mercados da América Latina que atraem a companhia.
Armazenamento
A companhia chinesa está de olho em um novo mercado para expandir sua atuação, o armazenamento de energia combinado a sistemas de geração solar fotovoltaico. Esse, comentou o executivo chinês, é um negócio que vem atraindo a companhia que já tem iniciativas e outras geografias como Japão e Austrália, nicho de mercado que começou a ser explorado há 5 anos.
Essa modalidade com o energy storage, explicou ele, poderá se expandir de forma relevante até mesmo por aqui. Entre os usos dessa tecnologia está a de estabilizar a rede. O país deverá seguir essa tendência, mas deverá levar um pouco mais de tempo para que realmente se fortaleça. Em cerca de 2 anos, disse Yin é possível que o armazenamento de energia seja mais viável em grande escala, afinal os preços continuam caindo e essa é a tendência dos próximos anos, a continuidade da curva descendente de preços.
No futuro, lembrou, é possível que a tecnologia permita que se tenha microgrids onde os proprietários de sistemas com energia sobrando possam fornecer para seus vizinhos e assim, aquela comunidade possa desconectar-se do grid. Para ele, essa forma tornará popular em algo próximo de 5 anos.
O vice presidente da Trina apontou que com essas iniciativas, o objetivo é alcançar o top 3 das maiores empresas da fonte solar fotovoltaica no Brasil. Ele se mostrou otimista, pois hoje o Brasil possui uma nova realidade com o setor solar mais bem estruturado que no passado recente. Hoje, relatou, a Trina está em algum ponto entre o 4º e 5º lugar entre os maiores fornecedores no país. Um dos destaques que ajudaram a reverter aquela realidade foi a chegada de investidores internacionais com capital próprio e que iniciaram o crescimento do mercado brasileiro. A partir de então, começou a expansão.
No momento, a Trina foca para a GD, porque apesar de movimentar volumes menores, apresenta mais estabilidade em comparação ao mercado de geração centralizada. Mas, acrescentou ele, a empresa não descarta, obviamente, o segmento conhecido mundialmente como utility scale.