A Enel Distribuição Rio reverteu o prejuízo dos três primeiros trimestres do ano de 2017 e apresentou lucro em 2018. O resultado positivo reportado pela companhia foi de R$ 75,23 milhões ante perdas de R$ 253 milhões de 12 meses antes. O resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 626,75 milhões, aumento de 85,7% ante o mesmo período do ano passado.
De acordo com a empresa, esse aumento deve-se, principalmente, em razão da maior receita, menores custos com materiais e serviços decorrentes de eficiências operacionais implementadas pela companhia, e de menores provisões para inadimplência, em parte como resultado do plano de melhoria na arrecadação das faturas lançado em 2017.
Como reflexo dessa melhoria operacional, foi obtido o lucro ao final do período analisado, bem como a melhoria do resultado financeiro líquido, atribuído, principalmente, à maior atualização financeira do valor dos ativos indenizáveis, que não são depreciados até o final da concessão e que serão reembolsados pelo Governo Federal à distribuidora.
A dívida líquida caiu 18%, para pouco mais de R$ 3 bilhões, principalmente em função do aumento de capital pelo controlador Enel Brasil, parcialmente compensado por novas dívidas contratadas para financiar os investimentos.
A receita bruta aumentou 7,8%, principalmente em razão da maior contabilização de créditos regulatórios em função do maior custo de compra de energia, e do reajuste tarifário médio aprovado pela Aneel em março, que levou a um índice de 21,04%. Ambos os fatores, continuou a empresa, mais do que compensaram o reajuste tarifário médio aplicado em Março de 2017 que foi de queda de 6,5%.
A linha venda e transporte de energia apresentou leve aumento de 0,6%, para 8.582 GWh, consequência do crescimento de 7,9% no volume de venda de energia no mercado livre, resultado do maior número de clientes que migraram do ACR para o ACL, que mais do que compensou a redução de 1,3% na energia vendida no regulado.
Já nos indicadores de qualidade, a empresa apresentou  melhora de 26,2% e de 26,7% no DEC e FEC da distribuidora, passando de 19,50 horas para 14,39 horas e de 10,71 vezes para 7,85 vezes. A Enel aponta que esse é o resultado dos investimentos realizados na rede. Ao final do período os aportes somaram R$ 483,78 milhões, redução de 46,2% ante o aportado um ano antes, valores aplicados para, principalmente, digitalizar e modernizar a rede de distribuição e conectar novos clientes.
As perdas de energia alcançaram 20,76% de todo o volume distribuído pela Enel Rio, aumento de 0,39 ponto porcentual. A concessionária aponta como principal razão para esse comportamento a desaceleração econômica do estado do Rio de Janeiro e do aumento no furto de energia.