A Cemig revelou nesta semana que a projeção de crescimento de mercado em sua área de concessão de distribuição, que deverá passar de um volume de 25,2 TWh reportado em 2018 para 28 TWh no ano de 2023. Os dados foram apresentados durante o evento anual da empresa com investidores, realizado na sede da empresa, em Belo Horizonte. As projeções acerca do volume de energia transportado também é de crescimento de 19,2 TWh para 21,5 TWh.
Os investimentos da empresa deverão somar R$ 6,5 bilhões no ciclo de 2019 a 2023. Nesse período os aportes deverão situar-se na casa de R$ 1,2 bilhão ao ano. Este ano a previsão é dessa ordem e no ano de 2020 que fica próximo de R$ 1,5 bilhão.
Essas estimativas da empresa de resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) apontam para uma faixa de valor entre R$ 2 bilhões a R$ 2,1 bilhões este ano e R$ 2,2 bilhões a R$ 2,4 bilhões para 2020. Em paralelo é esperado que a alavancagem da estatal mineira recue de 3,49 vezes para 1,46 vez a relação entre a dívida líquida e o ebitda societário nesse mesmo período.
Geração e transmissão
Para a subsidiária que Cemig-GT o mercado deverá crescer de 29 TWh em 2018 para 33 TWh ao final de 2023, com pico de 34,3 TWh um ano antes. O preço médio de venda deverá variar na faixa entre R$ 217/MWh a R$ 226/MWh e o GSF estimado negativo até 2020 e positivo nos dois últimos anos desse horizonte.
O investimento da empresa no ciclo de cinco anos é projetado em R$ 1,9 bilhão, sendo que os valores mais elevados estão previstos para o ano de 2020 com R$ 466 milhões, sendo R$ 281 milhões no segmento de transmissão. Já em geração os maiores valores serão aplicados em 2021 com R$ 183 milhões.
O ebitda projetado em 2019 está na faixa de R$ 2,1 bilhões a R$ 2,4 bilhões e em 2020 de R$ 2,2 bilhões a R$ 2,5 bilhões. O endividamento segue a perspectiva de queda, passando de 5,14 vezes no final de 2018 para 2,59 vezes ao final de 2020.
No consolidado a empresa projeta um resultado ebitda em 2019 na faixa de R$ 4,5 bilhões a R$ 4,9 bilhões e em 2020 esses limites aumentam para R$ 4,8 bilhões a R$ 5,2 bilhões. A alavancagem esperada pela companhia é de 3,48 vezes em 2018 para 2,37 vezes este ano, chegando a 1,94 vez ao final de 2020.