O enxugamento do escritório de Itaipu, que prevê a transferência de quase 150 empregados da Curitiba para Foz do Iguaçu, trará uma economia de aproximadamente R$ 7 milhões até 2024. Os dados foram apresentados aos diretores brasileiros da Itaipu pela secretária executiva da Diretoria-Geral Brasileira, Rosimeri Fauth Ramadas Martins, durante reunião de Diretoria. Rosimeri é a coordenadora do plano de migração, que prevê, entre outras medidas, o estudo de realocação de atividades da Responsabilidade Social, Mobilidade Elétrica e Energias Renováveis.

A binacional manterá na capital paranaense apenas uma unidade de representação, a exemplo do que ocorre em Brasília (DF). A medida de austeridade adotada pelo general Joaquim Silva e Luna dá um recado importante à sociedade, já que o comando da usina está em Foz, onde os próprios diretores estão lotados. Silva e Luna é o primeiro diretor-geral brasileiro no cargo a fixar residência na cidade.

Otimização de estruturas

Mesmo com o impacto inicial de 13% na folha para os empregados transferidos para o interior do estado, previstos como adicional de fronteira, já no primeiro ano da transferência Itaipu fará uma economia de R$ 500 mil. No segundo ano, em 2021, a economia acumulada subirá para 2,5 milhões. Em 2022, esse valor irá para R$ 4,2 milhões; em 2023, salta para R$ 5,7 milhões; e, em 2024, a economia acumulada em todos esses anos chegará a R$ 7 milhões.

De acordo com o plano de migração, as atividades de sombreamento e duplicidade, isto é, que existem nas duas cidades serão revistas para otimizar estruturas e processos e propiciar melhor aproveitamento das equipes. Os empregados atualmente lotados em Curitiba e suas respectivas funções deverão ser realocados em Foz do Iguaçu, preferencialmente, pela diretoria de origem.

Premissas

De acordo com a Resolução da Diretoria Executiva, a transferência de pessoal entre áreas, quando necessária, será facilitada, em proveito do interesse empresarial e profissional, considerando-se a formação e as competências dos empregados. O apoio para as transferências será dado pela Superintendência de Serviços Gerais, que buscará instalações, mesmo que provisórias, a cada empregado ou equipe, à medida que forem transferidos para os escritórios de Foz. Os casos excepcionais que envolvam o Programa Permanente de Desligamento Voluntário (PPDV) serão analisados individualmente pelo Grupo de Trabalho responsável pelo processo de migração.

A migração começa em julho e será concluída em 31 de janeiro de 2020, podendo ser gradual para atender às necessidades dos empregados, mas segundo a companhia sempre condicionada à preservação dos processos e atividades, tendo em vista o interesse empresarial.