No começo de novembro, após a 23ª reunião da FT DESSEM, ficou validada a versão 18.11 do modelo computacional DESSEM a ser utilizada oficialmente pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) como ferramenta de apoio no planejamento da operação do sistema elétrico nacional a partir de janeiro de 2020. “Nesta primeira etapa, o modelo será utilizado pelo ONS para definir o despacho das usinas, porém também servirá de apoio à titulação das usinas térmicas e, consequentemente, à remuneração aos agentes”, esclarece o pesquisador Tiago Norbiato, gerente do DESSEM. Ele afirma que em 2021 inicia-se a etapa final da implantação do sistema, que será adotado para a formação do preço de energia pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), desempenhando papel de suma importância na comercialização de energia elétrica no Brasil.

O pesquisador considera a precificação horária um grande desafio para todo o setor elétrico, citando, além do ONS, que terá a tarefa de preparar a operação diariamente com o detalhamento semi-horário, a CCEE, que realizará uma contabilização financeira mais flexível; ou ainda as empresas geradoras, transmissoras e distribuidoras, que receberão a previsão de despacho horas antes do dia de operação; ou para os agentes comercializadores, que buscam prever o preço futuro e para o Cepel, “no aprimoramento constante de uma ferramenta robusta e eficiente para a busca de uma soluções de custo ótimo e imparcial”, pontua.

Tendo em vista todas estas questões, o Centro realizou, nos dias 6 e 7 de novembro, o treinamento no DESSEM. Um dos pontos altos do curso, que contou com mais de 30 participantes, foi o detalhamento de duas novas funcionalidades do modelo: as restrições elétricas de segurança, que aumentam a estabilidade e a segurança do sistema de transmissão de energia, e as restrições de Unit Commitment Térmico, que trata da operação das usinas e unidades térmicas.

O curso foi ministrado por Tiago, com suporte dos pesquisadores Luis Fernando Elyas Cerqueira da Silva e Renato Neves Cabral, que, assim como os pesquisadores Carlos Saboia e André Luiz Diniz, chefe do Departamento de Otimização Energética e Meio Ambiente do Cepel, integram a equipe de desenvolvimento do modelo.