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O Conselho de Administração da Cemig aprovou um aporte de R$ 450 milhões para a área de eficiência energética durante os próximos cinco anos, com foco na melhoria de instalações e redução da conta de energia dos consumidores. Mais do que isso, a companhia trabalha com o objetivo de modernizar os equipamentos elétricos de todos os hospitais, escolas, creches, asilos públicos e unidades prisionais de sua área de concessão em Minas Gerais, trocando também toda iluminação antiga pela tecnologia LED, como revela o Gerente de Eficiência Energética da Cemig, Ronaldo Lucas Queiroz, em entrevista à Agência CanalEnergia.

“É um recurso alto quando comparado ao mínimo que pode ser feito pelo programa da Aneel, mas queremos universalizar a troca de iluminação, freezer e geladeiras para todas as instituições que nunca receberam nada da Cemig”, afirma o executivo, destacando a implementação do projeto para 3 mil unidades de ensino estaduais e 8 mil municipais, num investimento planificado em R$ 46 milhões até 2021. “Muitas vezes entramos nas salas de aula e constatamos situações de iluminação precária e que não proporciona aos alunos um ambiente adequado de ensino”, avalia.

Em 2019, a concessionária desenvolveu projetos em 89 hospitais, e neste ano inicia uma nova etapa que prevê mais de R$ 100 milhões para ampliação ao atendimento de eficientização dos equipamentos em todas instituições públicas e filantrópicas mineiras. Outra demanda que será atendida são as creches municipais, asilos e 38 Associações de Proteção e Assistência aos Condenados (APACs), além da Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados (FBAC), que terão seus sistemas elétricos modernizados a partir da substituição de 4.600 lâmpadas,  115 geladeiras ,39 freezers horizontais e instalação de 542 chuveiros eletrônicos.

Item importante: iluminação adequada cria condições favoráveis aos centros cirúrgicos (foto: Cemig)

Recentemente, a empresa também anunciou a implantação de pequenas usinas fotovoltaicas em todas as APACs de sua área de concessão, possibilitando também a capacitação de recuperandos com treinamentos de elétrica predial básica e montagem e manutenção de plantas solares. Outro projeto revelado na entrevista é a implementação de 75 kwp na Santa Casa de Belo Horizonte, que deve ser concluída em fevereiro.

“Essa semana está sendo concluída a montagem para iniciar a operação na próxima semana”, revela, afirmando que a ideia da companhia é construir 30 usinas em hospitais públicos, de acordo com os critérios técnicos de seleção. “Instalamos 125 UFVs em 2019 em escolas públicas e devemos partir para a geração fotovoltaica também em outros clientes até 2024”, reforça Queiroz, afirmando que a possibilidade de aquecimento solar terá sua viabilidade testada.

Outra frente da estatal para o segmento é o Cemig nas Escolas, um programa educacional que busca conscientizar a população por meio de palestras e a visitação ao circuito de eficiência energética, formado pela tenda e uma unidade móvel aberto ao público em geral. Ao todo serão mais de 100 municípios e 300 mil alunos beneficiados, onde serão aplicados, aproximadamente, R$ 12 milhões.

Já o Cemig no Campo leva orientações sobre o uso correto e sustentável da energia elétrica às comunidades quilombolas e aldeias indígenas do estado, prevendo a modernização de equipamentos como lâmpadas, chuveiros e geladeiras em 200 comunidades, beneficiando diretamente 17 mil famílias. Além da troca tradicional dos equipamentos, o projeto oferece palestras que abordam as temáticas de eficiência energética, produção e agricultura familiar e saneamento no ambiente rural.

Aquecimento solar terá viabilidade testada pela companhia junto a diferentes clientes (foto: Cemig)

Além das iniciativas junto aos consumidores, a companhia também realiza campanha, tanto interna quanto externa, de conscientização para mudança de hábitos, sobretudo para a força de trabalho da empresa, que conta com treinamentos e plataformas de divulgação da atuação dentro do assunto. Inclusive a sede da Avenida Barbacena passará por um retrofit esse ano, com a atualização de todos os equipamentos.

Vale lembrar também que a empresa conta com capacidade para desenvolver projetos em grandes plantas industriais, provendo um benefício diferente do que do programa de eficiência clássico, que traz resultados para a sociedade e não para um cliente comercial ou industrial. Para tanto, foi oficializada em outubro do ano passado a criação da Cemig SIM, braço destinado a tocar não só projetos de eficiência energética mas também microgeração solar, cogeração e mobilidade elétrica.

Investimentos e capacidade de produção

A meta da Cemig é investir cerca de R$ 90 milhões por ano no segmento, o dobro do aplicado em 2018, e substancialmente maior do que todos aportes feitos desde 2012, em média R$ 40 milhões ao ano, valor obrigatório pela legislação do setor. Já em 2019 foram desembolsados R$ 85 milhões, devido a uma acumulação nos recursos, visto os contratos de desempenho voltarem para a conta da companhia, que usa esse dinheiro para reinvestir na própria área.

“Conseguimos organizar uma estrutura física melhor, com maior capacidade de produção, quase que dobrando a média histórica de realizando, trabalhando de forma a universalizar um segmento. Quais projetos podemos fazer que sejam para todos? É uma mudança significativa”, pontua Ronaldo Queiroz.

Sobre a última Chamada Pública para a modalidade, realizada em 2019, ele conta que o resultado foi o recebimento de 126 propostas, sendo apenas 14 aprovadas, segundo os critérios da Aneel, com R$ 15 milhões sendo destinados a projetos em instituições públicas e de ensino federal. “Essa diferença entre número de inscritos e aprovados mostra um potencial de melhoria que precisa ter por parte dos proponentes na elaboração e viabilidade dos projetos”, critica o executivo, afirmando encontrar muitos projetos que não geram benefícios.

Para este ano, Ronaldo revela que a CP deve ser publicada em junho, com o edital girando em torno de R$ 50 milhões para captação dos projetos. Além disso, a Cemig estuda uma publicação de uma chamada de projetos de inovação, no intuito de buscar ideias que possam ser testadas nos clientes e que seriam aprovadas na Aneel com a tipologia de projeto piloto. “Um edital em que startups e outros ecossistemas de inovação ligado ao setor poderiam apresentar propostas”, finaliza.

Sede da companhia em Belo Horizonte passará por retrofit em todos equipamentos elétricos (foto: Cemig)