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A carga de energia do Sistema Interligado deve crescer em média 3,9% em cinco anos, chegando a 76,6 GW med em 2024. Para a oferta, é esperado acréscimo de 11,5 GW de capacidade instalada, que vai alcançar no período 175,5 GW, segundo projeções do Sumário Executivo do Plano da Operação Energética (PEN2020) para o horizonte 2020-2024.

O cenário de elevação de carga projetado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico considera um crescimento anual do Produto Interno Bruto de 1,2% em média. O documento aponta excedente de energia de 19,2 GW med em 2020, chegando em 2024 a 14,4 GW med, no cenário de referência. O balanço de potência também não aponta déficit no atendimento à demanda no período. As sobras de energia e potência também se mantêm  no cenário de sensibilidade.

A maior parte da expansão prevista no PEN 2020 se dará por meio de usinas eólicas e de térmicas à gás natural. A fonte hidrelétrica vai se manter como a maior participação na matriz de geração, mas perdera espaço para outras fontes, passando de 62,9% em 2020 para 58,1% em 2024.

A geração inflexível, que equivale a 75% da carga global em 2020, será ainda bastante relevante no fim do horizonte quinquenal, com 69% da carga. Outro destaque apontado pelo ONS é a participação na matriz de usinas térmicas com Custo Variável Unitário elevado.Usinas de CVU acima de R$ 250/MWh representam 40% da capacidade instalada do SIN e são despachadas por mérito econômico somente em situações hidrológicas extremamente desfavoráveis, o que contribui para o esvaziamento dos principais reservatórios hidrelétricos.

O Sistema Interligado tem capacidade de armazenamento da ordem de 291 GW mês, mas a tendência para os próximos anos é de que o grau de regularização dos reservatórios se mantenha em queda. Com isso, aumenta tanto a dependência de períodos chuvosos a cada ciclo hidrológico anual quanto a importância das condições de armazenamentos no final da estação chuvosa em maio para garantir o atendimento à carga.

No universo de médio prazo do PEN, o ONS considera a redução de 5.021 MW de capacidade instalada de usinas térmicas a gás, a óleo diesel e a óleo combustível, com uma retirada equivalente de 3.376 MW médios de garantia física contratada até dezembro de 2024. No grupo estão empreendimentos com contratos de comercialização vencidos, os que deixarão de receber subsídios do Programa Prioritário de Termelétricas e também usinas em fim de vida útil.

O documento também aponta expectativa de deslocamento virtual dos meses de consumo máximo no SIN das estações chuvosas para as estações secas. Nos períodos de chuva, as usinas da Amazônia passam a gerar para permitir a recuperação dos reservatórios de regularização do sistema, o que faz com que as demais usinas só percebam o aumento da demanda na seca.