Uma empresa com alta disponibilidade na transmissão e geração, enxuta e economicamente equilibrada. Foi esse o retrato que o presidente da Celg GT, Lener Jayme, quis mostrar no Road show realizado na última quinta-feira, 16 de abril. O evento, que aconteceu de forma virtual, é uma das etapas para a venda da estatal, que deverá ser realizada no dia 13 de maio “Quem adquirir a Celg GT encontrará uma companhia lucrativa, com um corpo de colaboradores capacitado e enxuto, e que só em 2020 apresentou um demonstrativo financeiro com lucro superior a R$ 150 milhões aos acionistas”, afirmou. A Celg GT está avaliada em um preço mínimo de venda de R$ 1,53 bilhão. A entrega de documentos acontece até o dia 11 de maio. No dia seguinte, será divulgada a lista de proponentes.

Durante a apresentação, o executivo mostrou todos os ativos da Celg GT, deixando clara a atratividade maior dos de transmissão, que somam atualmente 755 km e 14 subestações. A disponibilidade da transmissão e da geração é maior que 99%. Ainda de acordo com o executivo, desde abril de 2019, foi iniciado um ciclo na empresa voltado para trazer retorno financeiro e primar pela qualidade, afastando eventuais ingerências políticas. Em 2020, a remuneração média bruta mensal dos funcionários ficou em R$ 11.977.

A mão de obra da Celg GT foi um dos objetos da apresentação de Alexandre Moreira Galvão, sócio da Ceres Inteligência, que realizou o levantamento contábil-patrimonial e analisou a parte de recursos humanos, jurídica, financeira e econômica da estatal. De acordo com ele, a Celg GT tem 186 empregados efetivos, além de estagiários, comissionados e membros da diretoria e conselho fiscal. O custo mensal dos funcionários é de cerca de R$ 2,1 milhões por mês.

Segundo Galvão, há espaço para redução nos custos com funcionários, embora na comparação com outras empresas do setor, o gasto com funcionários é levemente maior. Após a privatização, por pelo menos um ano da liquidação do leilão a compradora da Celg GT deverá manter o número de empregados em número igual ao atual e oferecer cursos de capacitação profissional. Pelo mesmo período, o vale alimentação também deverá ser mantido nas mesmas condições, assim como os planos de saúde, hospitalar, previdência e odontológico.

Nesse prazo de um ano, está previsto que o novo dono da Celg GT promova um Plano de Demissão Voluntária abrangendo empregados com pelo menos cinco anos de  vínculo. O PDV deverá pagar o equivalente a 70% de uma remuneração por ano trabalhado, ficando limitado ao pagamento de 15 remunerações. Os que aderirem ao desligamento ainda terão direito por um ano dos planos médico, hospitalar, odontológico  e o auxílio alimentação/ refeição.