Localizada no rio Tietê, na cidade de Pirapora do Bom Jesus (SP), a pequena central hidrelétrica Pirapora bateu seu recorde de produção, atingindo 19,4 MW no mês de março, maior índice desde o início da operação da usina em dezembro de 2014. A melhor marca até então era de 19,39 MW, registrada em 2015.

Segundo a Pirapora Energia, subsidiária da Emae, um dos fatores preponderantes para que a PCH atingisse esse índice de geração foi o trabalho “incessante” de retirada de lixo que chega às grades da usina, removendo 683,81 toneladas de lixo de janeiro a março deste ano, a um custo de R$ 954 mil.

Outro fator que contribuiu para o recorde foi o investimento em manutenção para evitar paradas na operação da usina. “Investimos em inovação e nas manutenções preventivas e corretivas dos equipamentos, em um trabalho minucioso que envolve toda a equipe da empresa”, explica o diretor-presidente da Emae, Márcio Rea.

Além da retirada mensal de detritos, outros testes com equipamentos para retenção vêm sendo feitos no local para evitar que os resíduos cheguem a PCH. Algumas melhorias, inclusive já estão em andamento. “Chegamos a uma boa metodologia de trabalho, que é separar esse lixo com a ajuda de equipamentos e levá-lo para a margem. O próximo passo é fazer a retirada desses resíduos, com o detrito que chega na grade diminuindo bastante” acrescenta o diretor de Geração, Itamar Rodrigues.

A PCH Pirapora é a primeira usina da companhia na região do Médio Tietê a receber o lixo da Região Metropolitana de São Paulo que cai nos rios Pinheiros e Tietê, ainda na capital paulista, descendo sentido interior em efeito cascata. Os detritos percorrem ainda outras duas usinas localizadas na região: Rasgão, também em Pirapora do Bom Jesus, e Porto Góes, na cidade de Salto.

Para o diretor-presidente da Emae, o ativo se tornou um campo de testes para soluções criativas e o que funcionar será replicado para outras usinas da empresa no Médio Tietê, contribuindo para melhorar seus resultados.