O CEO da EDP Brasil, João Marques da Cruz, confirmou que está finalizando a venda de três hidrelétricas do atual parque de geração e até o final do ano de 2021 o processo deve estar concluído. As usinas são Jari (392,95 MW), Mascarenhas (198 MW) e Cachoeiras Caldeirão (219 MW), que juntas somam 809 MW de potência instalada.
O executivo não revelou quem é a empresa interessada na compra dos ativos, já que isso poderia interferir na negociação, nem o valor exato da transação, mas disse que as tratativas estão avançadas. A estratégia da companhia visa levantar recursos para acelerar investimentos em geração fotovoltaica, reduzir o risco atrelado à geração hídrica e fazer a rotação de ativos.
“Fazer negócios de bilhões de reais tem várias fases. Conversamos com mais de 100 entidades, fomos para 20 entidades e chegamos a uma. Agora estamos negociando com exclusividade com uma entidade”, contou.
Esses ativos já são considerados como em venda, mas precisam da assinatura da transação e a conclusão do negócio ainda precisa da aprovação da Aneel e do Cade e “deve ser efetuada até o final do primeiro trimestre do próximo ano”, disse o CFO da EDP Brasil, Henrique Freire.
Foco em solar
A meta da companhia é diversificar o portfólio com foco em geração solar. A EDP aprovou o investimento em seu primeiro projeto de energia solar de larga escala – o desenvolvimento de uma usina fotovoltaica com capacidade instalada de 209 MW no Rio Grande do Norte – e até 2025 a empresa pretende chegar a 1 GW em capacidade de capacidade.
“Estamos transformando nosso portfólio de geração para ser menos hídrico e mais solar e anunciamos que somos coinvestidores em parceira com a EDP Renováveis”.
