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O acordo para a venda de um ativo de 305 MW no Rio Grande do Norte para a AES é o primeiro de outros que a Renova Energia deverá colocar ao mercado. E potencial não parece ser um problema. A empresa detém um portfólio que está na ordem de 5 GW a 6 GW em todo Nordeste. A avaliação da companhia é a de que não faz sentido manter todo esse pipeline e quer aproveitar e negociar alguns destes para antecipar o pagamento de credores em seu plano de recuperação judicial.

Segundo o CEO da companhia, Marcelo Milliet, o volume de alienação de ativos ainda não foi definido, a empresa avalia os projetos para verificar qual deles deverá ser negociado. Sejam estes nas fontes solar ou eólica.

“Ainda não temos a definição de quais projetos serão retidos ou alienados, mas estamos avaliando de acordo com a viabilidade, taxa de retorno, sinergia e capacidade de investimento da Renova ao longo dos próximos anos”, contou o executivo à Agência CanalEnergia.

Inclusive, ele não descarta a negociação dos 315 MW restantes do Complexo Eólico Cordilheira dos Ventos. A primeira parte do projeto que está em desenvolvimento é o alvo do contrato entre a empresa e a AES, divulgado na noite da quinta-feira, 27 de janeiro. Milliet explicou que essa parcela do complexo estava em uma fase mais madura com regularização fundiária já adiantada e o processo de licenciamento ambiental em andamento, segundo ele, já bem encaminhado. A parcela que deverá ficar com a Renova ainda precisa evoluir nesses dois pontos.

Milliet explicou que a realização de um leilão para a venda do projeto deve-se ao fato da recuperação judicial estar em vigor. É necessário que ao vender um ativo essa negociação ocorra por meio de um edital. Os valores arrecadados serão aplicados para a antecipação de dívidas com credores.

“Já temos um acordo em que nos comprometemos a pagar os credores em parcelas mensais por 10 anos, se antecipamos esse pagamento temos o resultado da operação de nossos ativos acaba revertendo em um resultado melhor para a empresa”, comentou ele. “Essa venda não está relacionada ao plano de recuperação judicial, que previa apenas a negociação da Brasil PCH, Espra e Alto Sertão III fase B”, acrescentou ele, lembrando que mesmo sem a venda de novos ativos não há impacto no fluxo de pagamentos dos credores.

A previsão da realização do leilão do complexo potiguar é março, até lá deverá ser lançado edital para a concorrência. Se houver novos interessados, estes deverão apresentar uma proposta com valor de pelo menos 2% a mais do que o acordado com a AES. Se não houver concorrentes a contraparte da Renova ficará com o ativo segundo o contrato assinado.

Milliet reiterou o fato de que a Renova deverá ter foco principalmente nos ativos e projetos que têm sinergias com o Complexo Alto Sertão III Fase A e a conexão de qual a companhia dispõe na Bahia. Contudo, não descarta que no futuro possam realizar investimentos em novas fronteiras do país.

Primeiros MW 

Falando em projetos operacionais, a Renova espera para os próximos dias a autorização definitiva da Agência Nacional de Energia Elétrica para que os primeiros aerogeradores entrem em operação comercial. Atualmente a companhia tem 38 turbinas produzindo eletricidade em fase de teste na região de Caetité desde dezembro de 2021.

Como estão nessa condição, explicou o executivo, a energia está sendo liquidada ao PLD e não conforme o preço fechado nos contratos quando da negociação dos ativos no leilão de energia de reserva de 2013. A previsão de colocar em operação todas as 155 turbinas do projeto continua para o final do primeiro semestre deste ano.